Celina Leão (PP), governadora em exercício do Distrito Federal, afirmou nesta terça-feira (10) que há responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública da capital federal pelos atos terroristas que aconteceram no último domingo (8).
A pasta era comandada por Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL) que teve a prisão determinada nesta terça-feira por Alexandre de Moraes , ministro do Supremo Tribunal Federal.
"Percebemos uma responsabilização da Secretaria de Segurança sim, que mudou no meio do percurso um planejamento anteriormente feito, sem sequer notificar a Casa Civil", pontuou a chefe interina do DF na sua primeira fala no cargo.
Celina destacou também que deve receber ainda nesta terça um documento elaborado por Ricardo Capelli, interventor da Segurança Pública da capital federal, que aborda as trocas que devem ser realizadas na secretaria de Segurança e nas forças policiais.
Outro ponto abordado por Leão na sua fala foi a respeito dos pedidos de impeachment de Ibaneis Rocha (MDB,) governador do DF, protocolados na na Câmara Legislativa do DF.
"Sobre estes pedidos de impeachment, sequer há inquérito tramitado contra o Ibaneis. São pedidos meramente políticos", afirmou.
Ibaneis foi afastado do cargo de governador do Distrito Federal por determinação do ministro Alexandre de Moraes expedida na madrugada da última segunda-feira (9).
O ministro do Supremo tomou a decisão no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos, do qual é relator, ao analisar um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e da Advocacia-Geral da União sobre o caso.
Segundo Moraes, os atos terroristas ocorridos em Brasília na tarde de domingo (8) tiveram a consentimento do governo do Distrito Federal, já que a 'organização' do ato terrorista era conhecida das forças de segurança e do governador.
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