A ex-secretária da Fazenda do estado de Goiás, Ana Carla Abrão Costa, está com o nome sendo cogitado para assumi o ministério do Planejamento no governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Outros economistas que estão sendo cotados são Pérsio Arida e André Lara Resende, que são favoritos para o cargo. Entretanto, a nomeação de Ana Carla é a ideia da equipe de transição, que pretende colocar uma mulher com viés liberal na pasta para agradar os bancos públicos.
Ana Carla esteve à frente da Secretaria da Fazenda de Goiás de 2015 a 2017. Ela foi analista do Banco Central (BC) de 2004 a 2006, diretora de Gestão e Alocação de Risco e Alocação de Capital no Itaú Unibanco de 2008 a 2014 e integrou o Conselho de Gestão Fiscal de São Paulo (SP) em 2018. Atualmente é integrante da Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
Os outros nomes cotados possuem grande experiência na área. Arida, por exemplo, foi presidente do BC e do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), conselheiro da Vale, vice-presidente do Unibanco e sócio fundador e presidente do banco BTG Pactual.
Segundo Ana Carla , a atitude de Jair Bolsonaro em juntar os ministérios da Fazenda e do Planejamento , foi criada uma política "atolhada", e que resultou na transferência da gestão do Orçamento para o Congresso. "Abre-se mão de definir como vai alocar os recursos e delega-se isso para interesses particulares, paroquiais de um congressista”, disse Ana Clara ao jornal InfoMoney.
Ana Carla acha que Lula precisa aproveitar o capital político conquistado, e planejar além de 2023. "Justamente porque a fragilidade fiscal vai se impor se não enfrentar a questão fundamental que é como alocar os recursos. A gente não tem recursos infinitos."