A quebra de sigilo bancário e bloqueio de contas de empresários bolsonaristas, que foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede). Antes, se acreditava que a Polícia Federal (PF), havia feito esse pedido.
Após apresentar os fatos que motivavam a ação, o delegado Fábio Alvarez Shor solicitava apenas a "busca e apreensão de aparelhos celulares" dos empresários denunciados.
Randolfe Rodrigues, que é um dos coordenadores da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enviou a petição à corte no último dia 17. Ele se baseou o pedido em uma reportagem que denunciava empresários apoiadores de Bolsonaro que estariam planejando dar um golpe caso o petista fosse eleito em outubro.
"Dessa forma, requer-se que sejam apurados os fatos noticiados no dia de hoje, 17 de agosto, na coluna de Guilherme Amado, com a imediata remessa ao Ministério Público e à Polícia Federal para a tomada de depoimento dos envolvidos, a quebra dos sigilos, o bloqueio de contas e as necessárias prisões preventivas".
Dentre os pedidos do senador, apenas as "prisões preventivas" não foram realizadas. Outras petições relacionadas ao tema foram direcionadas ao Supremo.
O ministro Alexandre de Moraes divulgou, nesta última segunda-feira (29), a decisão que autorizou a operação de busca e apreensão contra os empresários bolsonaristas. O documento citava um pedido feito pela Polícia Federal. Segundo o ministro, a PF também solicitou o afastamento do sigilo telemático e bancário dos empresários e a apreensão dos celulares.
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