Lasier Martins
Waldemir Barreto/Agência Senado
Lasier Martins

O senador Lasier Martins (Podemos-RS) retirou sua candidatura à presidência do Senado e criticou a gestão do atual chefe da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP) . Lasier desistiu de concorrer ao cargo para apoiar a senadora Simone Tebet  (MDB-MS) e disse esperar que, pela primeira vez, o Senado tenha uma mulher como presidente.

Em discurso, o senador disse que Alcolumbre "decidiu tudo sozinho" no Senado nos últimos dois anos e que "não houve democracia" na Casa durante esse tempo. 

"A valorização do colegiado não existe, não houve democracia. Aqui manda o presidente, e obedecem os demais", afirmou Lasier. "A defesa da Lava-Jato, que foi abafada por conveniências, dizendo-se que tem relação com as punições, a defesa da ética, o exame da criminologia. Incontáveis projetos de lei foram impedidos pelas gavetas do atual presidente, que devem ser as gavetas mais superlotadas de qualquer repartição pública de Brasília", disse.

Lasier Martins também acusou Alcolumbre de engavetar uma série de pautas desde que assumiu o cargo. Além disso, também condenou que a eleição para a presidência da Casa tenha sido marcada pela influência do Executivo federal, que negociou cargos com parlamentares e distribuiu verbas extras para que os congressistas utilizassem em obras nos seus estados.

"Vamos aguardar as correspondências aos apoios que têm preço. Os apoios, porque a voracidade desses que estão recebendo cargos é uma voracidade ilimitada, e o Brasil tende a continuar a mesma coisa, e, no ano que vem, estaremos aqui para dizer que o Brasil está hoje no centésimo lugar como o país da corrupção, porque o Senado não toma providências, o Senado é omisso", disse.

Na tarde desta segunda-feira (01), em discurso, os senadores Jorge Kajuru  (Cidadania-GO) Major Olímpio  (PSL-SP) também anunciaram a retirada da candidatura e o apoio a Simone Tebet.

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