A frase de Bolsonaro foi dita anteontem (31) em resposta a uma apoiadora
Foto: Reprodução/Redes Sociais
A frase de Bolsonaro foi dita anteontem (31) em resposta a uma apoiadora

Dois dias após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarar que "ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina", em referência à imunização para a Covid-19, a Secretária Especial de Comunicação Social do governo saiu em defesa do chefe do Executivo, pela segunda vez, ao publicar, hoje, que ele "não é um tirano".

"Pesquisas revelam que cerca de 90% dos brasileiros tomará vacina contra a covid-19. Assim, o Governo Federal estabeleceu parcerias e investirá pesado pela vacina. Porém, o Brasil é uma democracia, o Governo é liberal e seu Presidente não é um tirano", publicou a secretaria em rede social.

Veja:

A polêmica frase de Bolsonaro foi dita na segunda-feira (31) em resposta a uma apoiadora, que declarou que ele não deveria deixar "fazer esse negócio de vacina" porque seria "perigoso".

Você viu?

Ontem, a Secom já havia divulgado uma peça publicitária com a frase do presidente sobre a questão da vacinação. De acordo com a pasta, "impor obrigações definitivamente não está nos planos".

Mais cedo, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) falou sobre a posição do presidente Jair Bolsonaro que questiona a obrigatoriedade da vacinação. "Acho que você pode encontrar gente que não quer tomar a vacina. É o que eu te digo: você vai agarrar à força? Foi isso que ele quis dizer", disse Mourão a repórteres em Brasília.

A fala do presidente foi criticada inclusive por funcionários da OMS (Organização Mundial de Saúde). Além disso, o raciocínio de ambos vai de encontro com uma lei sancionada pelo próprio Bolsonaro ainda em fevereiro, quando a epidemia do novo coronavírus começava a tomar grandes proporções no mundo.

O projeto de lei foi uma iniciativa do próprio governo e era assinado pelo então ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta. A Lei nº 13.979, assinada em 6 de fevereiro de 2020, garante que uma série de medidas sejam adotadas diante de “emergência de saúde pública”, inclusive a obrigatoriedade da vacina. 

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