Promotor pede bloqueio de R$ 15,1 milhões, ressarcimento do dano, multa civil e suspensão dos direitos políticos de Fernando Haddad
Wilson Dias/Agência Brasil/Fotos Públicas
Promotor pede bloqueio de R$ 15,1 milhões, ressarcimento do dano, multa civil e suspensão dos direitos políticos de Fernando Haddad

O Ministério Público de São Paulo pede a condenação do ex-prefeito de São Paulo e candidato a vice-presidente na chapa do PT, Fernando Haddad, por enriquecimento ilícito. Por meio de uma ação de improbidade administrativa movida nesta segunda-feira (27), o MPSP pede a suspensão dos direitos políticos do petista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo .

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Segundo a promotoria, Fernando Haddad “tinha pleno domínio” sobre o pagamento feito pela UTC Engenharia, de uma dívida de R$ 2,6 milhões da campanha de 2012, quando concorreu à prefeitura de São Paulo.

Os recursos eram advindos de caixa 2 da empreiteira, o que configura enriquecimento ilícito segundo a Lei de Improbidade uma vez que a dívida de campanha estava atrelada ao ex-prefeito.

Além de Haddad, o MPSP pediu a condenação de mais 11 pessoas e/ou empresas pela prática de ato de improbidade, além da perda de valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, a suspensão dos direitos políticos de oito a 10 anos e o pagamento de multa, entre outras punições.

No caso do ex-prefeito, o promotor Wilson Tafner, da Promotoria do Patrimônio Público, pede o bloqueio de bens no valor de R$ 15,1 milhões, além do ressarcimento do dano causado, multa civil e suspensão dos direitos políticos.

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Em nota, a assessoria de imprensa informou que o ex-prefeito e ex-ministro Fernando Haddad “respeita a decisão judicial, ainda que tenha demonstrado com documentos que todo o material gráfico produzido em sua campanha foi declarado e que não havia razão para receber qualquer recurso não declarado da UTC ".

A acusação se baseia nos depoimentos do ex-presidente da UTC Ricardo Pessoa, e do ex-diretor financeiro da empreiteira Valmir Pinheiro, que falaram à Promotoria neste mês.

O teor desta ação de improbidade se assemelha ao da denúncia feita à Justiça Eleitoral em maio pela Promotoria Eleitoral contra Haddad por suposto caixa 2 na campanha de 2012. O petista nega que tenha cometido irregularidades na campanha.

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Ao que tudo indica, Fernando Haddad será o substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cabeça da chapa do PT para a eleição presidencial caso Lula seja impossibilitado de concorrer. Isso porque, com base na Lei da Ficha Limpa, a candidatura é impedida, uma vez que ex-presidente está preso desde abril por condenação em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo.

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