O deputado federal Wadih Damous (PT) ganhou na Justiça o direito de advogar para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva . A informação é do jornal O Globo .
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O líder petista já havia constituído Damous como seu advogado, mas a juíza Carolina Lebbos negou-se a reconhecer o status do deputado, impedindo-o de visitar Lula na prisão em Curitiba.
Frente à negativa de Lebbos, a divisão paranaense da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) pediu à juíza que reconsidere em sua decisão de negar o direito de visita ao advogado.
A negativa da juíza se deu no dia 23 de abril. Ela atendeu a um parecer do Ministério Público, que alegou “ausência de relevância ou motivo justo” para a visita.
À época, Wadih criticou a decisão da juíza. “Ela não tem competência pra isso. Quem diz se um advogado está impedido ou não de advogar é a OAB, não o poder judiciário”, disse.
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Outro dos que criticou a decisão foi o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. “Eu tenho visto situação abusivas escancaradamente [em relação às visitas a Lula ]. Eu soube hoje que advogados constituídos por ele não podem visitá-lo, só porque são deputados. Mas, o que é isso? É uma situação absolutamente intolerável. Eu espero que a OAB tome uma posição sobre este caso”, reclamou Cardozo .
Baseado em um procuração assinada por Lula, a OAB entrou então com um mandado de segurança para que o direito de Damous e Lula fosse preservado. A segunda instância da Justiça do Paraná reconheceu o pedido, conferindo ao deputado o direito de visitar seu cliente.
Antes, Lebbos já havia impedido que a ex-presidente Dilma Rousseff, o vencedor do Nobel da Paz Adolfo Pérez, o vereador Eduardo Suplicy e o teólogo Leonardo Boff se encontrassem com Lula.
A juíza também impediu que o médico do ex-presidente o visitasse para a realização de exames periódicos. Para ela, não havia “indicação de urgência” nos procedimentos que seriam feitos.
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