Momentos após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de tornar o senador Aécio Neves (PSDB)
réu no caso envolvendo seu pedido de R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, tucanos já começam a abandonar o antigo presidente do partido.
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O primeiro deles foi o presidenciável e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin
, que afirmou à rádio Bandeirantes
que o ideal seria que o político mineiro desistisse de se candidatar nas eleições deste ano.
Aécio Neves pretendia se candidatar ao senado, uma vez que seu mandato termina no fim do ano. Mas membros do PSDB já consideram inviável uma candidatura do tucano.
Além da possibilidade de ele não se eleger, consumindo tempo na TV e dinheiro do partido, seu nome nas urnas poderia ser um empecilho tanto para Antonio Anastasia
, candidato tucano ao governo de Minas, quanto para Geraldo Alckmin, que deve tentar novamente a Presidência da República.
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“Aécio sabe o que penso, é claro que o ideal é que não seja candidato, é evidente. Acho que ele mesmo, assim como tomou a decisão de se afastar da presidência do partido (quando surgiu a denúncia), tomará essa decisão. Vamos aguardar a decisão dele. Tenho certeza que vai tomar essa decisão e se dedicar à questão processual e à defesa”, disse Alckmin.
A rapidez do tucano em abandonar o colega não surpreende. Nos bastidores, sabe-se que há uma disputa por poder entre membros do PSDB de Minas e de São Paulo. Em outras ocasiões, tanto José Serra quanto Geraldo Alckmin já haviam entrado em embates com Aécio quando da decisão do mineiro de se candidatar à Presidência da República em 2014.
Caso o senador de Minas decida não se candidatar, ele perderá o direito ao foro privilegiado. Assim, o processo que corre contra ele irá para a 1ª instância da Justiça. Aécio Neves
ainda não confirmou se desistirá de concorrer ao Senado.
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