Acampamento em apoio ao ex-presidente Lula próximo à sede da PF em Curitiba, onde o petista está preso
Ricardo Stuckert - 12.4.18
Acampamento em apoio ao ex-presidente Lula próximo à sede da PF em Curitiba, onde o petista está preso

Reconhecido em 1980 com o Nobel da Paz por sua luta contra as ditaduras militares que vigoraram na América Latina, o argentino Adolfo Perez Esquivel está no Brasil e pretende visitar o ex-presidente Lula na prisão nesta sexta-feira (17).

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Aos 86 anos de idade, Adolfo Perez é crítico à prisão de Lula e está engajada em uma campanha para lançar a candidatura do líder petista ao Nobel da Paz deste ano, encabeçando um abaixo assinado online que já conta com mais de 200 mil assinaturas.

“Quero apresentar ao comitê a candidatura ao Nobel da Paz de Luiz Inácio ‘Lula’ da Silva, ex-presidente da República do Brasil entre 2003 e 2010, que por meio de seu compromisso social, sindical e político, desenvolveu políticas públicas para superar a fome e a pobreza em seu país, um dos que apresenta a maior desigualdade estrutural em todo o mundo”, diz o texto assinado por Pérez.

“Ele tirou a maioria da população da pobreza e, por isso, está preso. É infame, não podemos tolerar”, disse, nesta terça. “Vou para Curitiba e vou pedir autorização para que possa visitar Lula”, acrescentou o argentino.

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Preso desde sábado (7) por determinação do juiz Sergio Moro, Lula está na sede da Polícia Federal em Curitiba. Nas redondezas do prédio, uma série de atos e manifestações em apoio ao ex-presidente têm acontecido diariamente.

Visita ao Rio

O nobelista esteve na manhã de terça-feira (17) no complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Ele visitou a favela situada na zona norte da cidade e lamentou a morte da vereadora Marielle Franco ( Psol ), assassinada em março nas ruas da capital carioca ao lado de seu motorista Anderson Gomes.

“O caso de Marielle é um exemplo de luta pela vida, pela democracia, pelo direito do povo, e por isso a mataram. Não a mataram por outro motivo. É por defender os direitos, por defender a vida, a dignidade da pessoa humana”, indignou-se Perez.

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