Protestos contra e a favor da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomaram as ruas de diversas capitais no Brasil.
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Em São Paulo, uma manifestação convocada pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e pelo Vem pra Rua (VPR) ocuparam oito quarteirões da Avenida Paulista.
Menos expressivos que as movimentações pelo impeachment de Dilma Rousseff , o protesto teve o objetivo de pressionar o Supremo Tribunal Federal . Manifestantes, vestindo as tradicionais camisas verde e amarela, levavam faixas com recados para ministros do tribunal e pediam “o fim da impunidade” no Brasil. O protesto terminou por volta das 20h.
Já no Rio de Janeiro, pessoas favoráveis à prisão do ex-presidente se aglomeraram na orla de Copacabana. Artistas como a atriz Luana Piovani também marcaram presença no ato.
Em outros pontos da praia, manifestantes demonstravam apoio ao líder petista. “Solta o Lula”, diziam. Não foram registrados conflitos entre os manifestantes dos dois lados.
Protestos pró e contra o presidente também aconteceram em Belo Horizonte, Recife, Fortaleza, entre outras capitais. O número de manifestantes, contudo, não foi expressivo como em protestos anteriores.
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Um dos atos com o maior número de presentes, no entanto, se deu em Curitiba, de onde despacha o juiz Sergio Moro. Os manifestantes rezaram a deus pela prisão do ex-presidente, cantaram o hino nacional e renderam homenagens ao juiz da Lava Jato.
Protestos no STF
Raul Jungmann, ministro da Segurança Pública, disse que as manifestações convocadas para ocorrer durante a votação do pedido de liberdade em favor do ex-presidente Lula no STF devem ser feitas “dentro de um espírito ordeiro”.
“O regime democrático não é regime do consenso, é o do dissenso, mas ele é regulado, e é regulado exatamente pelas normas e pelas leis que são votadas pelos representantes populares do povo que vai se manifestar. Aquele que queira, se manifeste amanhã, mas sempre dentro de um espírito ordeiro. Um espírito de respeitar as instituições, as leis e patrimônio publico, que afinal é de todo o povo brasileiro”, apontou. “Pelas informações que nós temos, acho que dá para manter sob controle”, completou.
* Com informações da Agência Brasil
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