Ministro Carlos Marun é um dos principais expoentes do governo na busca por apoio à reforma da Previdência
Divulgação/Abrig - 6.2.18
Ministro Carlos Marun é um dos principais expoentes do governo na busca por apoio à reforma da Previdência

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun (MDB), voltou a defender a  proposta da reforma da Previdência e disse que o Planalto será obrigado a partir para uma "administração de diminuição de danos" caso o projeto não seja aprovado Câmara dos Deputados ainda neste mês .

Em evento realizado nesta terça-feira (6) na Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig), em Brasília, Marun cobrou empenho de setores da sociedade de fora do governo para convencer mais deputados a votarem a favor da reforma da Previdência .

"Lá no Parlamento tem tudo, menos gente pouco inteligente. Todo nós sabemos, inclusive a oposição... Falam durante o dia mal da reforma, e de noite reza para que nós consigamos aprová-la", disse Marun.

"Nós precisamos que nossa torcida entre em campo. Pelo menos agora já existem setores da sociedade que estão na arquibancada assistindo e gritando. Agora precisamos que esses setores entre em campo, porque nós não vamos passar essa discussão . Ou aprovamos na Câmara em fevereiro ou efetivamente vamos partir para uma administração de diminuição de danos", alertou o ministro.

Na abertura de seu discurso aos integrantes da Abrig, Marun destacou os feitos do governo Temer e disse que o emedebista é o "melhor presidente da história" e que levou adiante diversos avanços mesmo "em meio a uma conspiração asquerosa que tentava por meios mesquinhos" derrubar o emedebista do poder. "Por muito menos que isso, Getúlio Vargas deu um tiro no peito. Mas o presidente Temer mostrou ser duro como uma rocha, frio como um iceberg", disse Marun.

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A reforma segundo Moreira Franco, Arthur Maia e Eunício Oliveira

Ainda nesta terça-feira, o ministro da Secretaria-Geral, Moreira Franco, publicou vídeos em suas redes sociais garantindo que a reforma será aprovada no dia 20 deste mês. O relator do texto na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), no entanto, disse na noite dessa segunda-feira (5) que a redação ainda não está fechada e que a discussão no plenário da Câmara só deve ter início no dia 19 – data na qual estava prevista a votação da PEC.

Caso o texto não seja aprovado em primeiro turno ainda em fevereiro, Arthur Maia disse que não haverá mais tempo hábil para aprovar a reforma neste ano de eleições. “Não há mais como esperar, ou vota ou tira e acaba com essa conversa. Temos de aprovar uma reforma que caiba dentro da condição política que o Congresso vive neste momento”, declarou o deputado.

O relator do texto aprovado em maio do ano passado na comissão especial da Câmara disse que o governo conta hoje com aproximadamente 275 votos a favor do pacote de mudanças nas regras para acesso à aposentadoria. São necessários ao menos 308 votos para que a proposta avance para o Senado.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), declarou nesta terça-feira que não tem como garantir que os integrantes da Casa irão aprovar a reforma da Previdência rapidamente assim que a Câmara o fizer. "Difícil é convencer os senadores que [a matéria] chegue aqui de manhã e seja aprovada no mesmo dia sem discussão. Não posso tirar o direito legítimo dos senadores de discutir, debater e emendar. Não quero patrocinar esse tipo de comportamento. Matéria da Previdência não é matéria da Câmara. É das duas Casas e será votada separadamente", afirmou o emedebista.

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*Com informações da Agência Câmara Notícias e da Agência Senado

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