O Tribunal Superior Eleitoral ( TSE
) criou um grupo especial para estudar e desenvolver pesquisas sobre a influência das redes digitais nas eleições do ano que vem e cogita crias um canal de denúncias para combater a propagação das chamadas "fake news".
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O termo " fake news ", popularizado pelo atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a sua campanha presidencial no ano passado, se refere às notícias fictícias, fabricadas intencionalmente e muitas vezes divulgadas sob falsas fachadas de veículos reais.
Tais notícias são, muitas vezes, disseminadas na internet, principalmente em redes sociais e aplicativos de mensagens.
Nos Estados Unidos, tais conteúdos foram pontuados como pivôs de polêmicas e de resultados nas urnas, nas eleições de outubro de 2016.
Outras ações que serão tomadas pelo TSE
A criação do canal de denúncias foi uma ideia levantada durante uma reunião feita nesta segunda-feira (11), no TSE. No encontro, firmou-se que a Corte irá ainda monitorar ações internacionais para aperfeiçoar o combate a esse tipo de situação.
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Ficou definido que, para a próxima reunião, marcada para o dia 15 de janeiro, o conselho vai discutir a legislação dos outros países para a propaganda eleitoral na internet, para inspirar ações que possam ser executadas ainda em 2018 no Brasil, ano que o país vai enfrentar uma eleição presidencial – a primeira pós-impeachment.
O grupo especial criado pelo tribunal
reúne, além de membros do TSE, representantes dos Ministérios da Justiça e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da associação civil SaferNet.
Há meses o TSE, sob a então liderança do ministro Gilmar Mendes, vem debatendo sobre o combate às "fake news" nas próximas eleições. A entidade também anunciou que estuda uma parceria com o Exército para monitoramento da internet. Tal parceira, no entanto, ainda não está garantida pelo governo federal.
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* Com informações da Agência Ansa.