O juiz federal Sérgio Moro negou nesta segunda-feira (20) a transferência definitiva do ex-deputado Eduardo Cunha, preso na Operação Lava Jato, para o sistema prisional de Brasília ou do Rio de Janeiro, cidade de origem do parlamentar. Atualmente, ele está preso no Complexo Médico Penal (CMP), localizado na cidade de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.

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Cunha foi condenado a 15 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sem direito de recorrer em liberdade. Nas últimas semanas, ele ficou preso em Brasília de forma temporária em função dos depoimentos que prestou em outro processo oriundo da Lava Jato no Distrito Federal. No entanto, após o interrogatório, seu retorno a Curitiba foi deterninado pela Justiça.

Ex-presidente da Câmara, Cunha foi condenado a 15 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Lula Marques/Agência PT - 3.3.16
Ex-presidente da Câmara, Cunha foi condenado a 15 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

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Para que a Justiça aprovasse o pedido, os advogados de Cunha argumentaram que a esposa do ex-parlamentar mora em Brasília e que o escritório de sua defesa fica na capital federal. O pedido também incluiu a alegação de que os deslocamentos para os depoimentos em outras investigações envolvendo o ex-presidente da Câmara dos Deputados geram despesas ao governo.

No entanto, em sua decisão, Moro afirmou que não é conveniente para o processo penal a transferência de Cunha para Brasília ou para o Rio, locais onde o ex-parlamentar poderia ter uma influência política maior. "Sua influência política em Curitiba é certamente menor do que em Brasília ou no Rio de Janeiro. Mantê-lo distante de seus antigos parceiros criminosos prevenirá ou dificultará a prática de novos crimes".

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O juiz afirmou, ainda, que a decisão "contribuirá para a apropriada execução da pena e ressocialização progressiva do condenado". Na terça-feira (21), o Tribunal Regional Federal de 4ª Região (TRF4), sediado em Porto Alegre, deverá julgar a apelação de Cunha, que tenta reverter a sentença que o condenou pelo recebimento de 1,3 milhão de franco suíços (cerca de R$ 4,2 milhões, na cotação atual) em propina em um contrato para a exploração da Petrobras no campo de petróleo de Benin, na África.

* Com informações da Agência Brasil.

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