senador Aécio Neves (PSDB-MG)
Pedro França/Agência Senado - 2.5.16
senador Aécio Neves (PSDB-MG)

A Polícia Federal foi autorizada nesta sexta-feira (6) pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), a enviar aos Estados Unidos aparelhos celulares apreendidos na Operação Patmos , que investiga o senador Aécio Neves (PSDB-MG), baseada nas delações da JBS.

Após a decisão do ministro, a PF vai enviar um perito ao exterior para tentar desbloquear celulares que foram apreendidos com alvos da operação, entre eles de Frederico Pacheco e de Andrea Neves, primo e irmã de Aécio Neves, respectivamente. Ambos foram presos em maio, quando a operação foi realizada. Os dois cumprem prisão domiciliar por determinação do Supremo.

De acordo com a Polícia Federal, os peritos não conseguiram acessar os dados do celular, que estão protegidos por uma senha pessoal. Ao autorizar o envio do aparelho aos Estados Unidos, o ministro disse que os investigados poderão facilitar as investigações e fornecer a senha aos peritos da PF.

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“Defiro o pedido formulado pela autoridade policial, autorizando o encaminhamento do material apreendido para verificação da viabilidade de extração dos dados no exterior, sem prejuízo de os detentores dos aparelhos virem a fornecer, espontaneamente, colaborando para o esclarecimento dos fatos, as senhas necessárias ao acesso pretendido”, decidiu Marco Aurélio.

Denúncia

No início de julho deste ano, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot , entregou uma denúncia ao Supremo relatando o episódio em que o tucano recebeu R$ 2 milhões (em quatro parcelas de R$ 500 mil) do empresário Joesley Batista, da JBS, para arcar com sua defesa na Lava Jato – fato esse que foi confirmado pelo próprio senador.

Aécio, no entanto, alegou que não houve irregularidade no pagamento. Já Rodrigo Janot argumenta, na denúncia enviada ao ministro do STF Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, que o pagamento representa "vantagem indevida" e que Joesley Batista recebeu "contrapartidas em razão da função parlamentar" desempenhada pelo senador.

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Além de Aécio Neves, a irmã Andrea Neves e o primo Frederico Pacheco, também foi denunciado o assessor parlamentar Mendherson Souza Lima, que trabalha para o senador Zezé Perrella. Rodrigo Janot também havia pedido para que Aécio perdesse o cargo.  

* Com informações da Agência Brasil

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