Mais de 30 servidores são suspeitos de envolvimento nas irregularidades investigadas pela força-tarefa da Carne Fraca
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Mais de 30 servidores são suspeitos de envolvimento nas irregularidades investigadas pela força-tarefa da Carne Fraca

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou, nesta terça-feira (21), a lista com o nome de 33 servidores públicos que foram afastados, depois de estourar a Operação Carne Fraca na última sexta-feira (17).

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Ainda de acordo com a Corregedoria-Geral do ministério, os servidores afastados também respondem a um processo administrativo disciplinar. Na edição desta segunda-feira (20) do DOU, foi publicada a portaria que exonerou os superintendentes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Paraná e em Goiás. Além dos superintendentes Gil Bueno de Magalhães (Paraná) e Júlio César Carneiro (Goiás), já haviam sido afastados os 33 servidores suspeitos de envolvimento nas irregularidades investigadas pela força-tarefa da Carne Fraca .

Acesse a lista completa dos servidores aqui.

Maggi defende inspeção

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, defendeu no último sábado (18) o sistema de inspeção agropecuária brasileiro e disse que a fiscalização é “forte, robusta e séria”. Segundo ele, o ministério está tomando todas as providências sobre as denúncias levantadas pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal , mas não há motivos para a população ter receio de consumir carne.

“O que aconteceu foi desvio de alguns servidores, de algumas empresas, nós temos que discutir como foi que isso aconteceu. Mas eu posso garantir com toda tranquilidade: eu não deixarei de consumir carne e recomendo que você também não deixe porque não há risco nenhum”, afirmou.

O ministro disse que os frigoríficos onde foram constatadas as ações criminosas já foram interditados e que o ministério procura, agora, saber se é possível que parte do protudo contaminado ainda esteja disponível para o consumidor.

A operação

A operação da Polícia Federal denunciou um esquema criminoso envolvendo empresários do agronegócio e fiscais agropecuários que facilitavam a emissão de certificados sanitários para alimentos inadequados para o consumo. De acordo com a PF, frigoríficos envolvidos nesse esquema criminoso "maquiavam" carnes vencidas e as reembalavam para conseguir vendê-las. As empresas subornavam fiscais do ministério para que autorizassem a comercialização do produto sem a devida fiscalização.

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Segundo a PF, o esquema investigado na Carne Fraca envolvia servidores das superintendências regionais do Ministério da Agricultura nos estados do Paraná, Minas Gerais e Goiás. Os investigadores informaram que eles atuavam diretamente para proteger grupos de empresários em detrimento do interesse público.

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