Uma joalheria australiana conhecida por fazer peças com leite materno, placenta, cabelo, cinzas e até cordão umbilical está sendo criticada por seu novo produto: joias com embriões que sobraram da fertilização in vitro.
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A ideia é oferecer uma alternativa aos pais que não querem doar nem enterrar os embriões e não podem continuar pagando a taxa de manutenção. Segundo artigo publicado em 2015 no The New York Times , aproximadamente um milhão de óvulos fertilizados estão congelados nos Estados Unidos e as taxas anuais de conservação variam de US$ 300 (R$ 931) a US$ 1200 (R$ 3725).
Belinda Stafford, que depois de muita dificuldade teve três filhos por fertilização in vitro, encontrou nas joias uma forma de levar consigo a memória de seus filhos e de sua luta. “Foi [um processo] doloroso, sofrido, tenso para o meu casamento e simplesmente difícil. Encontrar [essa alternativa] me trouxe conforto e alegria”, disse.
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A joalheria oferece diversas opções, desde pendentes a brincos e anéis e é possível incluir diversas lembranças – como a primeira mecha de cabelo cortado ou o primeiro dente que caiu – e fluídos corporais, ou até mesmo fazer um pedido customizado. Até agora, a empresa Baby Bee Hummingbirds já confeccionou 50 peças com cinzas de embrião.
Controvérsia
A iniciativa foi criticada principalmente por grupos pró-vida, que acreditam que a vida tem início a partir da fecundação, mesmo que ela não aconteça dentro do útero. A prática foi chamada de “demoníaca” pela ONG Liga Americana da Vida (ALL), que afirma que a joia tem “crianças mortas dentro”.
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Entretanto, a fundadora da Baby Bee, Amy McGlade defende sua criação. “Eu não acho que exista nenhuma outra empresa no mundo que crie joias com embriões humanos e acredito fortemente que somos pioneiros nessa arte sagrada, abrindo possibilidades a famílias ao redor do mundo”, afirmou.