A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que o governo israelense já concordou com o cessa-fogo proposto no Conselho de Segurança da Organização, e que se o grupo terrorista Hamas fizesse o mesmo, a guerra poderia parar imediatamente.
"Hoje, o Conselho manda uma mensagem clara ao Hamas: aceite a proposta de cessar-fogo. Israel já concordou com o acordo e o conflito poderia parar hoje, se o Hamas fizesse o mesmo. Repito: o conflito poderia parar hoje", afirmou Linda Thomas-Greenfield após a aprovação da resolução.
"Queremos pressionar o Hamas para que aceite este acordo, é por isso que temos esta resolução, porque estamos prestes a conseguir algo realmente importante", acrescentou o representante dos Estados Unidos.
A diplomata sênior de Israel na ONU, Reut Shapir Ben Naftaly, por outro lago, comentou vagamente o texto Ela disse que os objetivos do país em Gaza sempre foram claros.
"Israel está comprometido com esses objetivos - libertar todos os reféns, destruir as capacidades militares e governamentais do Hamas e garantir que Gaza não represente uma ameaça a Israel no futuro," disse ela. "É o Hamas que está impedindo o fim desta guerra. O Hamas e apenas o Hamas."
O placar da votação foi de 14 votos a favor, zero contra e 1 abstenção, da Rússia. A aprovação do projeto, no entanto, não significa que as partes em guerra, Israel e Hamas, vão cumpri-lo.
Elaborada por Israel com o apoio dos Estados Unidos e apresentada ao Conselho da ONU pelos americanos, a resolução demanda que "as duas partes apliquem plenamente os seus termos, sem demora e sem condições".
O plano de trégua, dividido em três fases, tem os seguintes termos para a primeira etapa:
- - Cessar-fogo com duração de seis semanas;
- - Recuo das forças israelenses das áreas densamente povoadas da Faixa de Gaza;
- - Libertação de reféns sequestrados durante o ataque do grupo terrorista Hamas e de prisioneiros palestinos detidos por Israel.
O Hamas, em comunicado, saudou a aprovação da resolução de cessar-fogo e declarou estar pronto para cooperar com os mediadores para implementar os termos do acordo.
O Egito parabenizou a aprovação da resolução, conforme comunicado do Ministério das Relações Exteriores. O país, juntamente com o Catar e os EUA, tem atuado como mediador nas negociações de trégua na guerra.
O texto da resolução, ao qual a agência de notícias AFP teve acesso, "saúda" uma proposta de trégua anunciada em 31 de maio pelo presidente americano, Joe Biden. Além disso, afirma, diferentemente das versões anteriores, que o plano foi "aceito" por Israel.
Embora Biden tenha afirmado que o plano surgiu de Israel, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que pretende continuar a guerra até acabar com o Hamas.
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