A assembleia geral dos funcionários da torre Eiffel decidiu nesta sexta-feira (23) que o ponto turístico seguirá fechado para visitas neste sábado (24).
A torre Eiffel está fechada para visitas desde a última segunda-feira (19), quando os sindicatos entraram em greve contra a Câmara Municipal de Paris para denunciar a atual gestão da construção parisiense devido ao "modelo insustentável" que o monumento vem levando. Inúmeros visitantes ficaram frustrados com a paralisação, principalmente os turistas estrangeiros.
Stéphane Dieu, delegado sindical da CGT (um dos sindicatos envolvidos com a greve), disse à AFP que o protesto feito pelos funcionários continuaria, pois o único movimento de avanço alcaçando por eles foi o de "que a prefeitura se sentasse à mesa de negociações".
O monumento é propriedade da cidade de Paris, que também é a principal acionista da SETE, empresa que gere a torre. Estima-se que aos finais de semana a "Dama de Ferro" receba em torno de 20.000 visitas por dia.
No sábado será realizada nova assembleia geral para decidir pela continuidade do protesto, ou não. Caso se prolongue após o domingo, a greve será a mais longa da história recente do monumento. No outono de 1998, a torre permaneceu fechada por seis dias e meio.
A maior crítica dos sindicatos é sobre o modelo de negócio "insustentável", devido a um desequilíbrio entre o valor das entradas e gastos, intensificado pela crise da Covid-19 . Cerca de 120 milhões de euros foram perdidos em entradas durante os anos de 2020 e 2021.