A jovem Julia Faustyna , que utilizou as redes sociais alegando ser Madeleine McCann , está arrependida. Em entrevista concedida para a emissora BBC, nesta quarta-feira (31), a polonesa afirmou que sua intenção nunca foi atingir a família da criança britânica desaparecida aos três anos, na Praia da Luz, em Portugal, em 2007.
“Nunca quis machucar ninguém – incluindo os McCanns. Eu realmente queria saber quem eu sou”, disse Julia, acrescentando que gostaria de voltar no tempo e não fazer as publicações. "Eu nunca teria ido às redes sociais. Elas podem te destruir", completou a jovem.
Julia ficou mundialmente conhecida após criar uma página no Instagram, em fevereiro de 2023, com o nome "IamMadeline McCann" (Eu sou Madeleine McCann, na tradução para o português). Na época, o perfil recebeu milhares de seguidores e viralizou.
Em diversas publicações, Julia fez montagens com seu rosto e o da menina desaparecida aos três anos, traçando semelhanças. Além disso, a polonesa duvidou das investigações policiais, comentou que não se recordava da maior parte de sua infância e exigiu um teste de DNA.
Com a repercussão do caso, Julia conseguiu fazer o exame, que deu negativo. Após o resultado, a polonesa chegou a criar uma vaquinha online , buscando fundos para se reerguer e pagar sessões de terapia com profissionais especializados.
Caso misterioso
Embora Madeleine McCann tenha desaparecido há mais de 15 anos, o caso continua sendo um dos de maior repercussão, já que, até hoje, os investigadores ainda não sabem ao certo o paradeiro da criança.
Em 2022, o principal suspeito, o alemão Christian Brueckner, foi processado pela Justiça portuguesa acusado de cometer cinco crimes sexuais entre 2000 e 2017. Nenhum deles, porém, está relacionado ao desaparecimento de Madeleine.
Investigadores alemães acreditam que o homem teria matado a menina após sequestrá-la do apartamento em que estava hospedada na Praia da Luz, de acordo com o Ministério Público de Braunschweig. Brueckner foi declarado suspeito oficialmente somente no ano passado , mas já é investigado por autoridades do país há dois anos.