Os combates no Oriente Médio continuaram durante a noite entre sábado (9) e domingo (10) em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza.
Um porta-voz militar israelense afirmou que a aviação atingiu "infraestruturas onde operavam terroristas e também entradas de túneis".
Durante a noite, ataques aéreos, dirigidos pelas forças terrestres, atingiram "uma posição de comunicação do Hamas próxima a uma mesquita no sul de Gaza", ainda segundo ele.
Em Shujaia, no centro da Faixa, "tropas israelenses realizaram um ataque direcionado a um centro de comando militar do Hamas e localizaram numerosas armas".
Os combates também foram relatados em Jabalya, no norte da Faixa.
Segundo o porta-voz militar, no domingo, 250 alvos do Hamas foram atingidos pelo exército israelense.
Fontes israelenses, citadas pela TV Kan, estimaram que a guerra em Gaza pode continuar por "dois meses". Essas fontes adicionaram que após esse período, não haverá cessar-fogo, mas operações localizadas conduzidas por forças que permanecerão próximas à Faixa.
Durante esse período, haverá tentativas de concluir outros acordos para a liberação de mais reféns.
Em algum ponto desses dois meses, o exército permitirá que alguns residentes de Gaza retornem às suas casas, de acordo com as fontes.
O primeiro-ministro do Catar afirmou que os esforços de mediação para garantir um novo cessar-fogo em Gaza e a libertação de outros reféns mantidos pelo Hamas continuam, apesar dos contínuos bombardeios israelenses que estão "reduzindo a janela" para um resultado positivo.
"Nossos esforços, como Estado do Catar, junto com nossos parceiros, continuam. Não desistiremos", disse Mohammed bin Abdulrahman Al Thani.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Antonio Guterres, afirmou que "há um sério risco de colapso do sistema humanitário" em Gaza: "A situação está rapidamente se transformando em uma catástrofe com implicações potencialmente irreversíveis para os palestinos como um todo e para a paz e segurança na região".
Guterres também lamentou a "paralisia" das Nações Unidas diante da guerra, expressando seu pesar pela falta de aprovação de uma resolução de cessar-fogo pelo Conselho de Segurança.
Guterres afirmou que o Conselho está "paralisado por divisões geoestratégicas", comprometendo assim sua capacidade de encontrar soluções para a guerra.
O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou que a guerra entre Israel e o Hamas está tendo um impacto catastrófico na saúde na Faixa de Gaza.
Segundo ele, o impacto do conflito na saúde é "catastrófico", e os profissionais de saúde estão realizando um trabalho impossível em condições inimagináveis.