O regime do Irã definiu como "tendenciosa e política" a escolha do comitê do Nobel de entregar o prêmio da Paz à ativista iraniana Narges Mohammadi
, presa no país por sua atuação em defesa dos direitos das mulheres.
"Tomamos conhecimento de que o comitê do Nobel entregou o prêmio para a Paz a uma pessoa condenada por repetidas violações de leis e atos criminosos. Condenamos esse movimento político e partidário", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Nasser Kanani.
De acordo com o Comitê Norueguês do Nobel, Mohammadi foi premiada por "sua luta contra a opressão às mulheres no Irã e para promover os direitos humanos e a liberdade para todos".
"Sua luta corajosa gerou enormes custos pessoais. Ao todo, o regime a prendeu 13 vezes, a condenou cinco vezes e a sentenciou a um total de 31 anos de prisão e 154 chicotadas", disse a entidade, lembrando que a ativista ainda está detida na penitenciária de Evin.
Segundo o comitê, o prêmio também "reconhece as centenas de milhares de pessoas que, ao longo do último ano, se manifestaram contra as políticas de discriminação e opressão do regime teocrático contra as mulheres".