Nesta terça-feira (21) o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o cancelamento da participação russa
no último tratado de controle de armas nucleares (New START) com os Estados Unidos. Mais tarde, o Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota confirmando que o país seguirá cumprindo os termos do acordo, apesar da suspensão.
"A Rússia manterá uma abordagem responsável e seguirá respeitando rigorosamente, durante toda a vigência do tratado, as limitações quantitativas de armas estratégicas ofensivas", disse o Ministério das Relações Exteriores.
O acordo bilateral teria vigência até 5 de fevereiro de 2026. Segundo o governo russo, a suspensão unilateral deve-se às "ações destrutivas dos Estados Unidos", que acusou de múltiplas violações do texto assinado em 2010, que "põem em perigo o seu funcionamento".
O anúncio ocorre um dia depois do presidente norte-americano, Joe Biden, visitar a Ucrânia e se reunir com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
De acordo com Moscou, a "extrema hostilidade" dos EUA e seu "compromisso aberto com uma escalada maliciosa do conflito na Ucrânia" fizeram com que houvesse um "ambiente de segurança fundamentalmente diferente" para a Rússia.
"Os Estados Unidos e o Ocidente que lidera tentam prejudicar nosso país em todos os níveis, em todas as áreas e em todas as regiões do mundo", afirmou a diplomacia russa, argumentando que o "status quo não é mais possível".
A Rússia considera necessário também que um novo acordo inclua França e Reino Unido, outras potências nucleares que não estavam no New Start.
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