Eduardo 'frita hamburguer também, tá legal?', diz Bolsonaro
Alan Santos/PR - 19.3.19
Eduardo 'frita hamburguer também, tá legal?', diz Bolsonaro

Em breve interação com jornalistas na manhã desta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro se negou a responder quando ou se vai realmente indicar o filho, o deputado federalEduardo Bolsonaro (PSL-SP), para assumir a embaixada do Brasil nos Estados Unidos e brincou dizendo que o parlamentar "frita hambúrguer também". 

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"Eduardo é meu filho",  declarou o presidente, ao ser questionado quando a indicação para o posto diplomático se confirmaria. "Fala inglês, fala espanhol, tem uma vivência internacional muito grande. E frita hambúrguer também, tá legal?",  complementou Bolsonaro , aos risos. 

O comentário se deve ao fato do próprio Eduardo ter afirmado na última sexta-feira, ao apresentar à imprensa suas credenciais para assumir o cargo, que fritou hambúrgueres enquanto fazia intercâmbio nos Estados Unidos

"Não sou um filho de deputado que está do nada vindo a ser alçado a essa condição. Tem muito trabalho sendo feito, sou presidente da Comissão de Relações Exteriores [da Câmara], tenho uma vivência pelo mundo, já fiz intercâmbio, já fritei hambúrguer lá nos Estados Unidos", disse o deputado, na ocasião. 

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O presidente participou às 8h de uma cerimônia de hasteamento de bandeiras, diante do Palácio da Alvorada, acompanhado de seus ministros --que depois foram participar de uma reunião na residência oficial. Pouco antes do início do ato, ele caminhou até um grupo de apoiadores que estava no local desde mais cedo para cumprimentá-lo. 

Uma mulher, que não quis se identificar e hostilizou a imprensa ao ser abordada por jornalistas, levou um cartaz com a mensagem " Eduardo embaixador ". 

"Firme e forte, hein? Tamo junto",  disse a apoiadora, exibindo a peça de papelão

 Na segunda-feira, Bolsonaro divulgou por meio de seu porta-voz, Otávio do Rêgo Barros, um texto contendo “uma série de dados” que justificam a possível indicação de Eduardo. Dentre as cinco “considerações” enumeradas pelo presidente para orientar a “eventual designação” estão a viabilidade legal da indicação e o que ele classificou como “o acesso facilitado ao mandatário daquela nação amiga”, em referência ao presidente Donald Trump.

Segundo Rêgo Barros, no entanto, o presidente ainda está avaliando se fará o convite oficialmente ao parlamentar.

No comunicado lido pelo porta-voz, Bolsonaro afirma a indicação de embaixadores para qualquer nação que mantenha relações diplomáticas com o Brasil “é uma atribuição única e exclusiva do chefe do Poder Executivo”.

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