Após uma sequência de protestos violentos na Nicarágua, o presidente Daniel Ortega anunciou neste domingo a revogação da reforma da previdência no país. Dezenas de pessoas morreram nos atos que tiveram início na última quarta-feira (18), segundo organizações de direitos humanos.
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De acordo com a agência de notícias AFP, Ortega afirmou durante um encontro com empresários que o Instituto Nicaraguense de Seguro Social (INSS) que decidiu revogar a reforma que pretendia aumentar as contribuições dos trabalhadores e patronais para dar estabilidade financeira ao sistema de pensões da Nicarágua .
Os manifestantes rejeitam a elevação no valor das contribuições à Previdência introduzido na reforma decretada pelo governo do presidente Daniel Ortega, atendendo à recomendação do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Violência nos protestos se intensificaram
Como informa a agência de notícias EFE, até sexta-feira (20) o governo falava em dez mortos, mas os atos passaram a contar também com atos de vandalismo, incluindo saques, e o número mais recente, divulgado neste domingo (22) por organizações de direitos humanos, aponta ao menos 27 pessoas que perderam suas vidas.
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Entre elas está o jornalista Ángel Ganoa, que morreu na noite deste sábado (21) após ser atingido por um disparo enquanto transmitia ao vivo os protestos contra o governo. Um policial também está em estado grave e corre risco de morrer, segundo autoridades.
EUA orienta norte-americanos a evitar país
Por conta da onda de violência, o governo dos Estados Unidos recomendou aos norte-americanos reconsiderarem viagens ao país da América Central.
No comunicado, publicado na página da embaixada dos Estados Unidos, o governo norte-americano diz que há muitos atos de violência e que a resposta, diante da emergência, tanto da embaixada como das autoridades nicaraguenses, "é extremamente limitada", afirmando que não pode garantir a segurança de cidadãos norte-americanos.
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Os Estados Unidos também recomendaram aos seus cidadãos que vivem na Nicarágua que evitem sair durante a noite, bem como viajar em ônibus e táxis. O comunicado também aconselha evitar viagens ao Caribe nicaraguense.