Park Geun-Hye: ex-presidente da Coreia do Sul foi presa nesta quinta-feira (30), alvo de um escândalo político
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Park Geun-Hye: ex-presidente da Coreia do Sul foi presa nesta quinta-feira (30), alvo de um escândalo político

 A ex-presidente da Coreia do Sul Park Geun-hye foi presa, informou a agência de notícias local Yonhap . A prisão ocorreu nas primeiras horas na madrugada de sexta-feira (31), (por volta das 15h desta quinta-feira, 30, no Brasil), um dia após a ex-líder do país prestar mais um depoimento à Procuradoria. Park é o terceiro ex-mandatário sul-coreano a ser detido, vindo depois do general Chun Doo-hwan e de Roh Tae-woo.

Na segunda-feira (27), o Ministério Público da Coreia do Sul havia pedido a um tribunal a prisão da ex-presidente acusada de corrupção . As acusações estão relacionadas ao caso "Rasputina", que já provocou sua destituição como chefe de Estado no início do mês.

Os investigadores consideram que Park seja suspeita de suborno, abuso de poder, coação e de revelar segredos de Estado a sua amiga Choi Soon-sil, conhecida como "Rasputina", de acordo com comunicado da procuradoria divulgado por veículos de comunicação do país.

Após perder a imunidade presidencial ao sofrer impeachment no último dia 10 de março, a ex-presidente se submeteu, na semana passada, a um intenso interrogatório dos procuradores que durou mais de 21 horas. Park, de 65 anos, insistiu em sua inocência.

"Foram recolhidas muitas provas até agora, mas como a suspeita nega a maioria das acusações, existe a possibilidade de que tenha destruído provas", diz o comunicado da procuradoria.

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Os investigadores ressaltam que as acusações são muito sérias, já que acreditam ter provado que Park abusou "de seu poderoso cargo e autoridade" na hora de permitir que Choi extorquisse empresas e repassasse segredos de Estado, apesar de a amiga não ter qualquer cargo público.

Impeachment

Park Geun-hye foi destituída no último dia 10, quando o Tribunal Constitucional considerou que feriu a Carta Magna ao confabular com sua amiga Choi Soon-sil para criar uma rede de troca de favores.

A decisão representou a primeira cassação de um presidente sul-coreano na democracia e obrigou o gabinete do interino, Hwang Kyo-ahn, a convocar pela primeira vez eleições antecipadas, já marcadas para o dia 9 de maio.

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Até agora, 30 pessoas foram acusadas pelo escândalo da "Rasputina" na Coreia do Sul, que envolve 53 empresas, entre elas gigantes como a LG, Hyundai e Samsung, cujo presidente de fato, Lee Jae-yong, está detido desde fevereiro, processado por supostamente ter aprovado o pagamento de subornos à rede criada por Choi.

* Com informações da Agência Brasil

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