Mais da metade dos alunos do 3º ano do ensino fundamental não têm nível suficiente de leitura e em matématica para sua idade, em média 8 anos de idade. Os dados divulgados nesta quarta-feira (25) pelo  Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram também que a alfabetização estagnou entre 2014 e 2016.

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 Até pela equipe responsável pela Avaliação Nacional de Alfabetização, os níveis do aluno médio são “sofríveis”. De acordo com a presidente do Inep, Maria Inês Fini, é preciso “apoio para que essas crianças tenham um mínimo de condições para recuperar e reconstruir essas estruturas e prosseguir. Do contrário, continuaremos enxugando gelo”.

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Divulgação/Governo de São Paulo

2 milhões de estudantes de aproximadamente em 48 mil escolas foram avaliados.

 As regiões Norte e Nordeste foram as que obtiveram os piores resultados de leitura, com 70,21% e 69,15% dos estudantes apresentando nível de insuficiência, respectivamente. Esses percentuais caem para 51,22% no Centro-Oeste; 44,92% no Sul; e 43,69% no Sudeste.

 Com relação à matemática, 54,46% apresentaram desempenho abaixo do adequado, enquanto 45,53% com nível suficiente. Norte e Nordeste registraram 70,64% e 69,46% dos estudantes com conhecimentos insuficientes.

 A pesquisa foi feita entre os dias 14 e 25 de novembro do ano passado em escolas públicas com pelo menos dez estudantes matriculados no 3° ano do ensino fundamental em 2016. Foram mais de 2 milhões de estudantes de aproximadamente 105 mil turmas em 48 mil escolas. Quase 90% dos estudantes avaliados tinham 8 anos ou mais.

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 Plano do governo

O governo federal concordou que a situação é crítica. De acordo com a ministra substituta da Educação, Maria Helena Guimarães, os dados mostram que as políticas desenvolvidas até o momento não produziram resultados efetivos. “A mesma situação de insuficiência dos resultados observados em 2014 são repetidos em 2016. Não houve evolução nem melhoria significativa”.

 Na divulgação dos dados, o secretário de Educação Básica, Rossieli Soares da Silva, informou que medidas serão tomadas através da nova Política Nacional de Alfabetização , que prevê o acesso de professores a cursos de mestrado e a presença de um professor auxiliar nas salas de aula para ajudar no processo de alfabetização do aluno.

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*com informações da Agência Brasil

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