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Reprodução/Twitter Lalocedeno
As "misteriosas" luzes, que apareceram no céu durante o último terremoto, têm uma explicação científica


Um abalo sísmico de magnitude 8,2 na Escala Richter atingiu o México na madrugada desta sexta-feira (8). Até agora, o fenômeno fez ao menos 35 vítimas e pode ser sentido por cerca de 50 milhões de pessoas, número correspondente à metade da população do país. Considerado o pior terremoto dos últimos anos, o abalo foi acompanhado de luzes “misteriosas”, que apareceram no céu e deixaram moradores intrigados.

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Em vídeos publicados nas redes sociais, luzes parecidas com raios são flagradas no céu de uma cidade – provavelmente, a Cidade do México – durante o terremoto . Em diversas cores, os flashes aparecem em diversos lugares e chamaram a atenção de curiosos, afinal, como um fenômeno geológico, como o abalo sísmico, poderia estar relacionado a um acontecimento de natureza meteorológica?


Os usuários sugeriram inúmeras teorias: uma tempestade de raios, algum fenômeno solar ou até mesmo o reflexo das luzes da cidade. Porém, de acordo com a National Geographic , nenhuma das hipóteses é uma possível explicação para o acontecimento.

Segundo informações da revista, um estudo publicado em 2014 sugere que tais luzes podem ser formadas por conta das propriedades elétricas de algumas rochas. “Quando a natureza pressiona alguns tipos de rochas, descargas elétricas são ativadas, como se você ligasse uma bateria à crosta terrestre”, exemplifica Friedemann Freund, professor de física na San Jose State University e pesquisador da Nasa.

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Triboluminescência 

Chamadas de triboluminescências, as luzes podem assumir diversas formas e colorações e costumam ser provenientes de rochas basálticas, de origem vulcânica, que possuem poucos defeitos em sua superfície. Assim, quando um estresse tectônico as atinge, descargas elétricas podem ser liberadas.

Tais descargas podem ser combinadas em estado plasmático da matéria, que consegue viajar em altas velocidades e sair da superfície, criando um efeito luminoso na própria atmosfera. É por isso que elas são tão comuns durante fenômenos sísmicos – o que já foi notificado, por exemplo, em 2009, durante um abalo na Itália, e também em 1906, pouco tempo antes do conhecido terremoto de São Francisco.

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