Quando a cidade de Pompeia, na Itália, foi atingida por uma chuva de cinzas resultante da erupção do vulcão Vesúvio, há quase dois mil anos, dois cidadãos se abraçaram e assim ficaram petrificados ao longo dos séculos, como todo o resto da cidade.
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Presas em um abraço eterno, essas figuras de Pompeia ficaram conhecidas como “as duas donzelas” desde que foram descobertas. Entretanto, uma tomografia digital e testes de DNA revelaram que se tratam de dois homens e não, mulheres.
Por mais que seja impossível determinar qual era a natureza do relacionamento entre eles, a análise determinou que certamente "não têm parentesco". Por isso, pesquisadores dizem que não se pode descartar a possibilidade de que tenham sido amantes.
O arqueólogo Vittorio Spinazzola criou moldes de gesso das figuras depois que foram descobertas na Casa del Criptoportico, no começo do século passado. Desde 2015 pesquisadores tentam descobrir mais sobre “as duas donzelas” e outras 86 vítimas preservadas.
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A cidade foi destruída pela erupção, que aconteceu no ano 79, e estimam-se que milhares de pessoas perderam suas vidas. Recentemente, pesquisadores conduziram análises extensas dos dentes e ossos das vítimas. Foi assim que descobriram que “as duas donzelas” eram, na verdade, homens.
“Pompeia nunca para de me surpreender”, disse o superintendente do sítio arqueológico, Massimo Osanna ao "Daily Mail". “Sempre imaginamos que fosse um abraço entre mulheres, mas uma tomografia e testes de DNA revelaram que são homens”.
As análises de dentes e ossos revelaram que os rapazes tinham 18 e 20 anos, mas pode ser que o segundo fosse mais velho. Da forma como estão posicionados, um homem está com a cabeça no peito do outro.
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Por mais que haja especulação quanto ao relacionamento entre os dois, a verdade nunca poderá ser verificada. “A possibilidade de eles serem amantes é apenas uma hipótese que não pode ser descartada”, disse Osanna.
Mas uma coisa é certa: as duas donzelas, que na verdade são cavalheiros, não tinham grau de parentesco. “Quando descobrimos que não eram duas garotas, alguns pesquisadores sugeriram que havia conexão emocional entre eles”, finalizou o chefe da equipe de pesquisa de Pompéia, Stefano Vanacore.