Um funcionário negro de uma lanchonete localizada em Campina Grande (PB) foi alvo de racismo por parte de uma cliente. O caso repercutiu nas redes sociais, quando o estabelecimento tornou públicas as mensagens racistas do cliente.
A protagonista da discriminação racial foi uma mulher. Ela enviou mensagem à lanchonete se queixando do serviço de atendimento por causa da cor da pele do funcionário.
"Então, fui atendida por um rapaz de pele escura hoje, com minha família. Eu acho que uma lanchonete do seu porte não deveria admitir isso. Isso é ruim, mancha a imagem da sua lanchonete, não é questão de racismo, é só que não sou obrigada a ser atendida por um negro. Foi até um rapaz educado conosco, mas a cor dele não nega, entende?", escreveu a cliente.
A cliente seguiu: "O que incomoda é a questão de ser atendida por ele mesmo, isso desrespeita meu lugar e da minha família. Acho que cada um tem que se por no devido lugar, o atendente no dele".
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Em resposta, a lanchonete disse à mulher que o estabelecimento não fazia distinção entre "homossexuais, héteros, evangélicos, garotas de programa, ateu, católico, macumbeiro, mulher de família, pai de família, etc".
"O que a minha lanchonete não aceita é cliente como você. Isso não quero", rebateu o dono do estabelecimento , pedindo, em seguida, que a cliente "nunca mais passe nem na frente" da lanchonete.
"E se uma cor de pele te incomoda, quem precisa de tratamento é a senhorita", complementou o dono do estabelecimento (Veja abaixo o print da conversa).
O funcionário discriminado Gabriel Akhenaton , falou em seu perfil do Instagram sobre o ocorrido.
"No primeiro momento eu não queria expor ao público, fiquei com medo. Mas percebi que a gente não pode se calar, a gente não pode deixar isso continuar acontecendo, eu estaria sendo conivente, sendo racista. A gente tem que falar, gritar, chegar nas mídias. Quantos 'Gabriels' não existem por aí que não tiveram a oportunidade que eu tive de expor o seu caso de racismo, quantos mais não podem ter sua voz ouvida?", lamentou.