Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil
Valter Campanato/Agência Brasil
Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), que foi chefe da Casa Civil durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), criticou nesta segunda-feira (18) o general Freire Gomes . Segundo um depoimento do ex-chefe da Aeronáutica Baptista Júnior à Polícia Federal, Gomes teria ameaçado Bolsonaro de prisão caso ele tentasse um golpe de estado. Nogueira questionou por que esses dois membros das Forças Armadas não denunciaram a alegada conspiração golpista.

"O General da ativa mais importante do país na ocasião que ouviu uma ameaça grave à Democracia é o mesmo que agora bate no ex-Comandante em Chefe que perdeu as eleições da mesma forma que bateria continência para o mesmo Comandante em Chefe, caso ele tivesse sido reeleito?", questionou o senador.

O senador chamou Freire Gomes de "criminoso inconteste".

"Está absolutamente provado que há um criminoso inconteste. Ou o criminoso que cometeu prevaricação ao não denunciar ao país o 'golpe' ou o caluniador que o denuncia hoje, não tendo ocorrido", disse.

Por último, o senador declarou que o general teria o apoio da sociedade brasileira se tivesse denunciado a conspiração golpista em dezembro de 2022, e ironizou as acusações.

"Borrar-se agora porque não pode fazer as continências que faria é uma vergonha inominável. Todos os militares têm o dever de honrar sua farda. Alguns deveriam ter ainda mais compromisso em honrar seus pijamas".

Na última sexta-feira (15), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu tornar público parte dos depoimentos que fazem parte da investigação sobre a alegada trama de golpe envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com os esclarecimentos prestados, Baptista Júnior afirmou que Freire Gomes teria ameaçado o ex-presidente de prisão.

"Depois de o Presidente da República, Jair Bolsonaro, aventar a hipótese de atentar contra o regime democrático, por meio de algum instituto previsto na Constituição (GLO ou Estado de Defesa ou Estado de Sítio), o então Comandante do Exército, General Freire Gomes, afirmou que caso tentasse tal ato teria que prender o Presidente da República", diz trecho.

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