Comparsa ordenou que 'Gata do 157' desse tiros no rosto de vítima
Reprodução/redes sociais
Comparsa ordenou que 'Gata do 157' desse tiros no rosto de vítima

Thalita Silva Teixeira, de 19 anos,  acusada de participar de diversos roubos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, teve a prisão em flagrante convertida em preventiva durante audiência de custódia. Na decisão, a juíza Mariana Thavares Shu, da 1ª Vara Criminal, destaca o relato de uma das vítimas da jovem, que ficou conhecida nas redes sociais como "Gata do 157" — uma referência ao artigo do Código Penal que tipifica o crime de roubo. À 54ª DP (Belford Roxo), responsável pela prisão, a testemunha afirmou que, durante o assalto, um dos comparsas "chegou a ordenar que Thalita dispara-se com o fuzil no rosto" dele.

O homem contou ainda que estava saindo de casa, no bairro Itaipu, para o trabaho, por volta das 5h da manhã da última segunda-feira, quando foi abordado, em um primeiro momento, pela própria Thalita, que portava o fuzil e exigiu seu telefone celular e dinheiro. Em seguida, um segundo criminoso, reconhecido como Fabiano da Hora e foragido até o momento, também se aproximou com uma pistola, em uma moto preta. Foi ele que deu a ordem para que a jovem abrisse fogo.

Além de Fabiano, pelos menos outros dois integrantes do bando já foram identificados pela Polícia Civil: Luan Nascimento Duarte Silva, de 18 anos, namorado de Thalita, e o irmão dele, Darlan Nascimento Duarte Silva. Os três tiveram a prisão temporária decretada pelo plantão judiciário no dia 29 de dezembro, mas ainda não foram localizados.

Na mesma noite do assalto em que portava um fuzil, Thalita fraturou as duas pernas ao tentar fugir da polícia. Um vídeo mostra a jovem sendo carregada, sem tocar os pés imobilizados no chão, na chegada à 54ª DP. Os investigadores descobriram que, inicialmente, a jovem aproveitava a aparência física para atrair possíveis vítimas de roubo, e o crime acabava cometido por outros membros da quadrilha, entre eles o namorado da jovem. Mais tarde, contudo, ela também passou a ter participação mais ativa nos assaltos.

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"Ela se valia das características físicas, da beleza e da boa aparência para se aproximar de eventuais vítimas e apontar possíveis alvos ao resto do bando. Depois, o grupo utilizava o forte armamento bélico para efetuar os roubos, fosse a residências ou nas ruas. Só que na noite em questão, pelo relato das testemunhas, ela acabou se envolvendo muito mais ativamente da empreitada criminosa", detalha o delegado Alexandre Netto, da 54ª DP.

Até ser presa, Thalita não tinha nenhuma outra passagem pela polícia, mas informações colhidas pelos investigadores indicam que ela já se envolveu com um importante miliciano da região, atualmente preso, com quem chegou a ter um filho, que hoje tem 4 anos. Depois, os dois se separaram e ela iniciou a nova relação com Luan, que, além de assaltante, também seria ligado ao tráfico de drogas.

Além do envolvimento em pelo menos quatro roubos investigados pela 54ª DP, o trio masculino que compõe o grupo também é acusado de outros crimes, como estupros e estupro de vulnerável. Segundo a Polícia Civil, em parte dos assaltos eles chegavam a cometer abuso sexual contra vítimas mulheres. Em um dos casos, isso aconteceu a uma mãe e a filha, de apenas 13 anos. Luan, Darlan e Fabiano também estariam envolvidos em homicídios e tentativas de homicídios, em inquéritos que correm na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).

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