Índios venezuelanos esperando abrigo em Roraima, em 2019
Folhapress
Índios venezuelanos esperando abrigo em Roraima, em 2019

Antonio Denarium, governador de Roraima , declara que teme que entrada de venezuelanos por rotas clandestinas seja o ponto principal para a rede de saúde do estado entre em colapso. As informações foram apuradas pela Folha de São Paulo.  

De acordo com Denarium, há dias, cerca de 100 venezuelanos vêm entrando no estado por esses caminhos e que já pediu auxílio do Exército para conter a entrada dos imigrantes. A fronteira coma Venezuela se encontra fechada desde de março de 2020. 

Referência nos tratamentos contra o novo coronavírus , o Hospital Geral de Roraima (HGR), vê sua ocupação de leitos semi-intensivos chegar em 100%. Dos 92 leitos de UTI, aproximadamente 82% estão ocupado. O governador declara que a rede de saúde pública está preparada caso um colapso em seu sistema aconteça, porém, disse que plano pode ser perdido se acontecer algum imprevisto. 

“Uma situação que me preocupa é a entrada de venezuelanos. Desde março do ano passado a fronteira com a Venezuela está fechada. Antes a gente estava recebendo aproximadamente 1.000 venezuelanos por dia. Hoje a informação que a gente tem é que estão entrando cerca de 100 venezuelanos por dia clandestinamente, por rotas alternativas", disse o governador. 

"Ontem [quinta, 25] tive uma reunião com o comandante do Exército aqui, o general [Adriano] Fructuoso, pedindo para ele, junto com nosso secretário de Segurança Pública, fazer uma ação mais intensa na fronteira e na rodovia que vem de Pacaraima para Boa Vista para fiscalizar e conter a entrada de venezuelanos”, ressalta. 

“De uns 60 dias para cá os venezuelanos começaram a entrar. E estão fazendo rotas alternativas. Ou seja, não passam pela triagem, não passam pela BR. Roraima é a segunda maior fronteira do Brasil. Temos 2.200 km de fronteira seca. Ou seja, é muito difícil conter”, completa. 

Segundo ele, na terça-feira (23), Denarium teria se encontrado com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello e Luiz Eduardo Ramos, secretário do governo, para pedi que a fronteira com a Venezuela continue fechada. Ainda de acordo com governador, o governo federal vem tendo uma atuação certeira durante a pandemia.

 “Em nenhum momento faltou apoio. Fez o que pode. Não tem vacina no mercado para vender (...) A contaminação aumentou porque a população achou que o Covid-19 tinha acabado”, afirmou governador.

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