Usuários de drogas quebraram e saquearam carros no centro de SP
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Usuários de drogas quebraram e saquearam carros no centro de SP

Um motorista que foi vítima do arrastão que ocorreu na região da Cracolândia , no Centro de São Paulo , nesta terça-feira (08) , relatou como ocorreu a ação. De acordo com ele, o grupo procurava aparelhos celulares e dinheiro, principalmente. As informações foram apuradas pelo G1 .

Além desses itens, a vítima disse que também levaram garrafas de água e outros objetos de menor valor. "O item que eles mais pediam era o celular. Me pediram o celular umas quatro, cinco vezes. Mas o celular foi o primeiro item que levaram. (...) Então eles começaram a recolher o que eles viam. Pegaram até uma bolsa térmica que só tinha águas e bebidas para o meu próprio consumo. Eles estavam desnorteados, pegando qualquer coisa que pudesse gerar algum valor", relatou ao G1.

O motorista disse que como não tinha nada visível no carro, pensou que não seria atacado, mas foi surpreendido com uma pancada na laterla do veículo, que quebrou o primeiro vidro. "Foi quando quebrou o primeiro vidro e esse vidro cortou superficialmente meu braço do lado esquerdo".

Ele contou que tentou manter a calma para garantir que os assaltantes não se sentissem ainda mais ameaçados. "Eu levantei as mãos para eles terem certeza de que eu não esboçaria nenhuma reação ou que eu dirigiria o carro para cima deles". A vítima explicou que não tentou avançar com o carro na tentativa de escapar dos assaltantes, pois temeu ferir algum deles.

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"Eu tinha algumas pessoas penduradas no meu carro. Se eu ando ali, provavelmente eu machucaria no mínimo três [pessoas] e eu não sei se conseguiria conviver com isso. O prejuízo já tinha acontecido, eu preferi ficar com o prejuízo que eu enxerguei do que sair andando, passar por cima de alguém e não saber o que aconteceu. Esse peso na consciência eu não quis assumir", concluiu.

O que disse a secretaria

A Secretaria Municipal de Segurança Urbana (SMSU), que controla a Guarda Civil Metropolitana (GCM), emitiu uma nota dizendo que a concentração de dependentes químicos da região foi deslocada da Rua Dino Bueno para a Alameda Cleveland, "por causa do aumento do tráfego de caminhões para retirar material de demolição no local", durante a operação de limpeza.

Segundo o site de notícias, a nota também dizia que os homens da GCM   foram "agredidos com pedras, paus e outros objetos" e "a reação teve de ser contida para preservar a segurança de todos na região".

De acordo com a SMSU, a GCM faz "três intervenções diárias de acompanhando de zeladoria na região da Luz para proteger agentes públicos da prefeitura e garantir os serviços de coleta de lixo e limpeza das ruas".

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