Órgãos de Segurança apuram confronto de facções criminosas que deixou 56 presos mortos no Compaj
Valdo Leão/Secom governo do Amazonas
Órgãos de Segurança apuram confronto de facções criminosas que deixou 56 presos mortos no Compaj

O governo do Amazonas anunciou nesta terça-feira (3) que irá indenizar famílias de 56 detentos mortos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, nesta segunda (2). O governador José Melo também determinou que as secretarias de Administração Penitenciária (Seap), de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc) e de Assistência Social (Seas) prestem a ajuda necessária às famílias dos detentos mortos.

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Um grupo de trabalho para procedimentos de assistência está sendo criado pelas secretarias do estado do Amazonas . Já a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) deu início aos trâmites para indenizar as famílias que tiverem direito, conforme estabelece a Constituição Federal e decisões do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF).

A Procuradora-Geral do Estado, Heloysa Simonetti, disse que os trabalhos no órgão já vão começar, e que nos próximos dias vão acontecer reuniões da Seap com membros da Defensoria Pública do Estado a fim de estipular os procedimentos a serem seguidos para o pagamento das indenizações.

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A rebelião começou no início da tarde de domingo (1º) no Compaj, em Manaus (AM), e chegou ao fim na segunda-feira (2), após mais de 17 horas de duração.

O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, confirmou que a chacina ocorreu por causa de rivalidades entre duas organizações criminosas que disputam o controle de atividades ilícitas na região amazônica: a Família do Norte (FDN) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Aliada ao Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, a FDN domina o tráfico de drogas e o interior das unidades prisionais do estado.

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Desde o segundo semestre de 2015, líderes da facção criminosa do Amazonas vêm sendo apontados como os principais suspeitos pela morte de integrantes do PCC, grupo que surgiu em São Paulo, mas já está presente em quase todas as unidades da federação.

 *Com informações da Agência Brasil

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