Nesta quarta-feira (12), a Polícia Federal começa a ouvir depoimentos de cerca de 80 militares das Forças Armadas e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro, que depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, que chefiava o Comando Militar do Planalto no dia dos ataques, e o coronel Jorge Fernandes da Hora, que comandava o Batalhão da Guarda Presidencial, estão entre os que serão ouvidos pela PF.
Um mês após os atos, em fevereiro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que cabia à Corte julgar apenas militares eventualmente envolvidos na ação golpista.
Além disso, Moraes abriu uma investigação sobre a participação ou possível omissão de militares da Polícia Militar do Distrito Federal e das Forças Armadas. A decisão foi tomada ao analisar um requerimento da Polícia Federal para investigar eventuais crimes cometidos por militares nos atos.
A PF justificou que policiais militares ouvidos na 5ª fase da Operação Lesa Pátria "indicaram possível participação/omissão dos militares do Exército Brasileiro, responsáveis pelo Gabinete de Segurança Institucional e pelo Batalhão da Guarda Presidencial".
De acordo com Moraes, a lei não faz distinção entre investigados civis ou militares e os crimes, em questão, estão todos previstos no Código Penal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em janeiro, que estava convencido que "muita gente" da Polícia Militar do Distrito Federal e das Forças Armadas foi "conivente" com os golpistas.
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