Senado será palco de eleições para a presidência do Congresso e parlamentares estão preocupados com a segurança
Waldemir Barreto/Agência Senado
Senado será palco de eleições para a presidência do Congresso e parlamentares estão preocupados com a segurança

O Senado enviou nesta quarta-feira (25) um pedido à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) para reforçar o efetivo policial no Congresso Nacional entre os dias 1º e 2 de fevereiro. As datas serão marcadas pelas eleições para a presidência da Casa e da Câmara dos Deputados e a retomada dos trabalhos no Legislativo.

O documento foi endereçado ao interventor da segurança pública do DF, Ricardo Capelli, e assinado pelo diretor da Secretaria de Polícia do Senado Federal, Alessandro Morales Martins.

No pedido, Martins cita os ataques contra os Três Poderes da República no último dia 8 de janeiro. Na época, vândalos invadiram e depredaram os prédios do Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal.

A Polícia Legislativa ressaltou a sensibilidade e projeção política do evento. O secretário reforça a preocupação de novos ataques contra o Congresso e lembrou da possibilidade da participação de outras autoridades, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e a presidente da STF, Rosa Weber.

“Ambas as cerimônias contam com projeção política, característica cuja sensibilidade foi incrementada em razão dos últimos acontecimentos ligados à invasão dos Três Poderes em 08 de janeiro último. Ressalte-se que eventos dessa magnitude contam com a previsão de participação de diversas autoridades, e no caso da cerimônia de abertura dos trabalhos legislativos, há ainda a expectativa de comparecimento dos Chefes dos Três Poderes da República”, aponta Martins.

O comando da Polícia Legislativa disse ter identificado riscos de invasão em áreas não autorizadas, presença de atiradores e ameaças de bombas.

“Esta Secretaria de Polícia identificou como cenários de riscos a invasão em áreas não autorizadas, a tomada de refém, a presença de atirador ativo, ameaça de explosivo e ainda, a sabotagem em infraestruturas críticas”.

“Diante do exposto, solicitamos o reforço do policiamento ostensivo nas imediações do Congresso Nacional e adjacências, bem como as demais providências que a Secretaria de Segurança Pública do DF julgar pertinentes para auxiliar esta Secretaria de Polícia em eventual enfrentamento dos cenários acima”, completa Alessandro Martins.

Reforço na segurança em Brasília

Mais cedo, Capelli confirmou ter recebido um pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL), e de Rosa Weber para aumentar a segurança da Praça dos Três Poderes na retomada dos trabalhos do Legislativo e Judiciário. Uma reunião com comandantes das polícias Civil e Militar foi realizada na tarde desta quarta.

Capelli informou que está com a ‘atenção redobrada’ e uma estratégia deve ser montada para reforçar o efetivo policial na capital federal.

“Reunião sobre o plano de segurança para o dia 1° de fev., dia da posse dos deputado(a)s e senadore(a)s, eleição da mesa das duas Casas e semana de abertura do ano judiciário. Atendendo ao pedido dos presidentes Arthur Lira e Rosa Weber, estamos com a atenção redobrada”, afirmou o interventor.

Capelli e as forças policiais, porém, estudam formas para manter as promessas feitas aos congressistas, já que a intervenção federal na segurança do Distrito Federal termina no próximo dia 31 de janeiro e, segundo o Ministério da Justiça, não deve ser prorrogada.

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