O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ( PT ) vai desembarcar neste sábado (21), às 9h30, em Boa Vista, para acompanhar os trabalhos dos ministérios dos Povos Indígenas e da Saúde na Terra Indígena Yanomami após o Ministério da Saúde declarar emergência de saúde pública na noite de sexta (20).
Técnicos da pasta resgataram, desde segunda-feira (16), pelo menos oito crianças Yanomami em estado grave de desnutrição.
Além disso, Lula decretou a criação Comitê de Coordenação Nacional, com a intenção de discutir e adotar medidas em articulação entre os poderes para prestar atendimento a essa população. Segundo o presidente, o plano de ação deve ser apresentado no prazo de quarenta e cinco dias, já o comitê, trabalhará por cerca de 90 dias, no entanto, o prazo que pode ser prorrogado.
Lideranças que participaram dos grupos técnicos do gabinete de transição de Lula, já desejavam a visita do petista a Roraima.
Na avaliação deles, a situação sanitária no território caminha para uma "crise humanitária" – devido ao aumento de casos de desnutrição em crianças e ao avanço do garimpo ilegal na região.
“Recebemos informações sobre a absurda situação de desnutrição de crianças Yanomami em Roraima. [...] Viajarei ao estado para oferecer o suporte do governo federal e, junto com nossos ministros, atuaremos pela garantia da vida de crianças Yanomami”, escreveu Lula, na sexta-feira (20).
Veja os ministros que irão acompanhar Lula:
- Wellington Dias (Desenvolvimento Social)
- Nísia Trindade (Saúde)
- Sônia Guajajara (Povos Indígenas)
- Flávio Dino (Justiça)
- José Múcio (Defesa)
- Silvio Almeida (Direitos Humanos)
- Márcio Macêdo (Secretaria-Geral)
- General Gonçalves Dias (Gabinete de Segurança Institucional)
- Comandante da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno
Também devem estar presentes na comitiva com o petista, o governador de Roraima, Antonio Denarium (PP), e o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba.
A previsão é que Lula chegue à Base Aérea de Boa Vista às 9h30 e às 11h30 anuncie ações em caráter emergencial para a população Yanomami.
Em 2021, 56,5% das crianças acompanhadas pelo governo no território Yanomami apresentaram quadro de desnutrição aguda – quando o peso é considerado baixo ou baixíssimo para a idade, apontam dados da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
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