A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu nesta segunda-feira (05) que o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes , fosse substituído como relator do inquérito que investiga o presidente Jair Bolsonaro (PL) por associar a Covid-19 com a aids durante uma live no ano passado.
Segundo a PGR, o inquérito deve ser enviado e relatado pelo ministro Luís Roberto Barroso, que já avalia outras investigações sobre o mesmo assunto na Corte.
"O presente inquérito versa sobre idênticos fatos de uma das petições distribuídas ao ministro relator Luís Roberto Barroso, o único, portanto, com competência, por prevenção, para averiguar as condutas imputadas ao Presidente da República", disse a PGR.
A pedido da CPI da Covid, em dezembro do ano passado, Alexandre de Moraes determinou a abertura do inquérito que apura a declaração de Bolsonaro sobre a vacina da Covid e o risco de contrair HIV.
A vice-procuradora-geral Lindôra Araújo, responsável pelo parecer de substituição de Moraes, afirmou que o inquérito tem "normal seguimento" e aguarda pedido do MP para dar sequência as investigações.
"Não é caso de se dar prosseguimento às investigações sem o exame da legítima pretensão recursal e da argumentação exposta pelo Ministério Público Federal, que afeta diretamente a própria existência e a competência para a análise do pedido inicial formulado pelo Presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado Federal – CPI da Pandemia", afirmou.
A relação que Bolsonaro fez da Covid-19 com a aids é falsa e foi desmentida por vários especialistas da área da ciência. Além disso, na época, o vídeo do presidente falando sobre esse tema foi retirado do Youtube, Facebook e Instagram por disseminar fake news.
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