Glenn Greenwald
Agência Pública
Glenn Greenwald

BRASÍLIA — O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na tarde desta terça-feira (21) que a denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra Glenn Greenwald é "uma ameaça à liberdade de imprensa". O jornalista foi acusado de colaborar com ações criminosas relacionadas à invasão do aplicativo Telegram de autoridades públicas.

"A denúncia contra o jornalista @ggreenwald é uma ameaça à liberdade de imprensa. Jornalismo não é crime. Sem jornalismo livre não há democracia", escreveu Maia em sua conta do Twitter. 



Outros políticos também saíram em defesa de Glenn. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou solidariedade e afirmou que o jornalista está sendo vítima de abuso de autoridade contra a liberdade de imprensa e a democracia. 

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que o MPF "abusa do poder" para se vingar de Glenn , "que denunciou crimes da Lava Jato e a parcialidade de Moro contra Lula". 



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Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela D´Ávila (PCdoB) candidatos a presidente e vice nas eleições de 2018, também se manifestaram a favor do jornalista. "O MPF denunciou Glenn Greenwald. Acusação: fazer jornalismo", escreveu Boulos. 




O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), por sua vez, comemorou a denúncia. "Glenn Greenwald sempre disse que adorava o Brasil e queria conhecer o país a fundo. Quem sabe agora vai conhecer até a cadeia... talvez jogar futebol com o Freixo...", afirmou. 

O Ministério Público Federal apresentou denúncia contra sete pessoas, incluindo o jornalista. O caso é investigado na Operação Spoofing. Para o procurador Wellington Divino Marques de Oliveira, da Procuradoria da República no Distrito Federal, Greenwald foi "partícipe" nos crimes de invasão de dispositivos informáticos e monitoramento ilegal de comunicações de dados, além de ter cometido o crime de associação criminosa.

Leia também: 'Você não acredita na Justiça?', diz Bolsonaro sobre denúncia contra Glenn

Os diálogos utilizados pelo Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF) mostram que o jornalista não respondeu ao hacker Luiz Henrique Molição quando este o questionou se deveria invadir o aplicativo Telegram de outras autoridades e sugeriu que ele apagasse as mensagens obtidas por meio da invasão para que a identidade de sua fonte não fosse descoberta.

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