O Irã prometeu se vingar pela morte de Ismail Haniyeh, chefe do Hamas
que foi morto em um ataque aéreo em Teerã. O país acusa Israel de ser responsável pelo ataque.
O líder do Irã, o aiotolá Ali Khamenei prometeu "punição severa" para os israelenses. Ainda, o novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, disse que seu país "defenderá sua integridade territorial" e disse que "Israel se arrependerá pelo assassinato covarde".
Haniyeh morreu horas após depois da posse de Pezeshkian, ainda em Teerã, na terça-feira (30), segundo comunicado do Hamas, grupo extremista.
O Hamas, Irã, Rússia, Egito e outros países culpam Israel pela morte de Haniyeh . No entanto, o governo israelense não assumiu o crime. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou somente que seu país deu "golpes esmagadores" em aliados do Irã, mas não falou sobre o chefe do Hamas.
"Há ameaças vindas de todas as direções. Estamos preparados para qualquer cenário e permaneceremos unidos e determinados contra qualquer ameaça", afirmou Netanyahu em comunicado na TV israelense.
"Israel cobrará um alto preço por qualquer agressão de qualquer arena", afirmou o primeiro-ministro.
Conflito potencializado
A última vez que o Irã prometeu vingança, há poucos meses, disparou centenas de mísseis e drones contra Israel, que respondeu com mais bombardeios próximo às instalações nucleares iranianas.
É possível ainda que a resposta do Irã possa envolver grandes ataques contra Israel ou uma intensificação de ataques regionais, como o Hezbollah.
Ainda, a morte de Haniyeh pode comprometer ainda mais as negociações de paz entre Israel e o Hamas, visto que [, em dezembro, o grupo extremista suspendeu brevemente as negociações de cessar-fogo após o assassinato do vice de Haniyeh na capital libanesa, Beirute.
As declarações dos países mediadores após a morte de Haniyeh também reforçam que o objetivo de cessar-fogo pode ter sido prejudicado.
"O assassinato político e o contínuo ataque a civis em Gaza enquanto as conversas continuam nos levam a perguntar: como pode a mediação ter sucesso quando uma das partes assassina o negociador do outro lado?", afirmou o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdul Rahman Al Thani.
O Egito disse que o ataque demonstra falta de vontade política de Israel para a paz, já o Iraque chamou o ataque de uma "grave violação" que pode desestabilizar a região.
A Turquia declarou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não tem "nenhuma intenção de alcançar a paz".
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