A polícia chinesa prendeu, nesta terça-feira (11), um homem suspeito de esfaquear quatro professores universitários norte-americanos durante uma visita a um parque público na cidade de Jilin, no nordeste da China , na segunda (10).
Segundo o comunicado da polícia, o homem, identificado pelo sobrenome Cui, tem 55 anos e é do distrito de Longtan.
Ele teria "colidido com um estrangeiro enquanto andava" no Parque Beishan e, então, atacou o grupo de professores e um turista chinês, que tentou impedí-lo.
A polícia foi acionada por volta das 11h49 no horário local. Os agentes foram enviados em seguida para a cena do crime e os feridos foram levados para o hospital.
"No momento, todos os feridos receberam tratamento hospitalar e não correm risco de vida", disse a polícia mais cedo, que adicionou que o caso está sendo investigado.
Ataque
Segundo o jornal The Guardian, os professores do Cornell College, do estado de Iowa, nos Estados Unidos, faziam uma visita ao parque acompanhados de um membro do corpo docente da Universidade Beihua, quando foram esfaqueados por um homem.
A polícia investiga se o ataque foi aleatório ou premeditado.
"Estamos em contato com todos os quatro professores e prestando assistência durante esse momento", disse em comunicado o presidente da Cornell College, Jonathan Brand, adicionando que nenhum aluno participou do programa.
China reage ao ataque
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Lin Jian, disse que o ataque sofrido pelos professores se trata de incidente "isolado", e adicionou que Pequim trabalhará para proteger a segurança dos estrangeiros no país.
"A polícia considerou preliminarmente que se tratou de um caso isolado", disse o porta-voz a agência France Presse, acrescentando que o episódio não irá "afetar o desenvolvimento normal dos intercâmbios entre os povos da China e dos EUA".
Momento delicado
O ataque ao grupo de acadêmicos ocorreu em meio a uma tentativa de aproximação dos governos da China e dos Estados Unidos para incentivar o intercâmbio entre seus habitantes e evitar mais desgastes em sua relação.
Recentemente, o presidente da China anunciou que quer convidar 50 mil jovens americanos para o país nos próximos cinco anos. Entretanto, diplomatas chineses acusam as autoridades dos EUA de não incentivarem tal intercâmbio - o que levou, inclusive, ao fim de programas das universidades norte-americanas no país.
Hoje em dia, há mais 290 mil estudantes chineses nos Estados Unidos, enquanto há menos de 900 alunos norte-americanos nas universidades chinesas.
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