Ato aconteceu no dia 14 de maio,  aniversário da primeira grande captura de judeus pela polícia francesa em 1941
Reprodução: Redes Sociais
Ato aconteceu no dia 14 de maio, aniversário da primeira grande captura de judeus pela polícia francesa em 1941

Um memorial que homenageia as vítimas do Holocausto em Pari foi pichado com mãos vermelhas. O ato de vandalismo foi descrito como “inexprimível” pela presidente da Câmara da capital francesa, Anne Hidalgo.

O Muro dos Justos foi vandalizado durante a madrugada de segunda (13) e terça-feira (14), juntamente com cerca de dez outros locais no Marais, o bairro judeu de Paris.

Dia 14 de maio é o aniversário da primeira grande captura de judeus pela polícia francesa em 1941. O memorial tem o nome de mais de 3.900 pessoas que ajudaram a salvar o povo judeu na França, durante a ocupação nazista no país. 

Para Hidalgo, o ato é considerado um possível anti-semitismo. "Nenhuma causa pode justificar tais degradações que sujam a memória das vítimas da Shoah e dos Justos que salvaram judeus em risco de vida”, disse a presidente da Câmara de Paris.

Ariel Weil, o prefeito dos distritos centrais de Paris, postou fotos dos danos nas redes sociais e disse: “No mesmo dia do aniversário deste evento que prefigura a batida policial de Vel'd'Hiv, onde muitas crianças foram presas antes de serem exterminadas, os muros do Marais em frente às creches e escolas foram profanados”.

Para Emmanuel Macron, presidente da França , o ato representa a tentativa de "minar a memória destes heróis, bem como a das vítimas da Shoah".

"Degradar o Muro dos Justos entre as Nações, a barreira do Iluminismo contra o nazismo, é minar a memória destes heróis, bem como a das vítimas da Shoah. A República, como sempre, permanecerá inflexível face ao odioso anti-semitismo", declarou o líder francês nas redes sociais.

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