Nesta quarta-feira (22), o Ministério da Justiça de Israel publicou os nomes de 300 prisioneiros palestinos que devem ser libertados como parte do acordo para liberar reféns detidos na Faixa de Gaza. Além dos nomes, a lista também inclui mais detalhes, como as idades e motivo da prisão.
De acordo com o Secretariado do Gabinete israelense, seguindo o acordo negociado, 150 prisioneiros palestinos seriam libertados em quatro etapas durante quatro dias. A condição é que ao menos 10 raptados israelenses que estão sob posse do Hamas fossem entregues às forças de segurança de Israel todos os dias.
O acordo também prevê um cessar-fogo temporário em Gaza durante esses quatro dias.
Embora a negociação preveja a libertação de 150 mulheres e crianças palestinas detidas em prisões israelenses, a lista divulgada hoje pelo governo israelense conta com 300 nomes, já que Israel oferece a possibilidade de uma segunda fase de troca de prisioneiros por reféns.
Conforme o Secretariado do Gabinete do país, uma possível segunda fase funcionaria da mesma forma, incluindo a libertação de palestinos em grupos com a condição da libertação de pelo menos 10 pessoas por dia e uma pausa no conflito.
A lista publicada nesta manhã dá início a uma contagem regressiva de 24 horas, período em que petições legais contra a libertação de prisioneiros palestinos podem ser apresentadas ao Supremo Tribunal de Israel.
Além da troca de reféns por prisioneiros, após semanas de negociação, Israel concordou em interromper todos os ataques em Gaza, tanto aéreos quanto terrestres, durante este período. A Cruz Vermelha recebeu permissão para visitar os reféns restantes sob custódia, garantindo acesso a medicamentos.
A implementação ocorrerá em cinco etapas, envolvendo a entrega dos reféns ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Eles serão transferidos para representantes das Forças Armadas de Israel, passarão por exames médicos iniciais e serão levados a hospitais designados antes de se reunirem com suas famílias.
Etapas seguintes envolverão avaliações da capacidade dos reféns de relatar o que aconteceu antes de serem submetidos a interrogatórios.
A libertação dos capturados deve acontecer a partir de quinta-feira (23), segundo a mídia local.
Nessa terça-feira (21), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu , defendeu que o acordo negociado com o Hamas sobre os reféns em Gaza e o cessar-fogo é "a decisão correta".
"Quero esclarecer: estamos em guerra, continuaremos em guerra até atingirmos todos os nossos objetivos. Destruiremos o Hamas, traremos todos os nossos sequestrados e desaparecidos de volta e garantiremos que em Gaza não haverá nenhum partido que represente uma ameaça a Israel", disse o premiê.