O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse ter "parado uma guerra civil", em referência à tentativa de revolta do grupo paramilitar Wagner. A declaração foi dada em discurso na manhã desta terça-feira (27) às tropas que resistiram ao motim.
O Grupo Wagner ameaçou invadir a capital russa e se dirigiu a Moscou na última sexta-feira (23), até que um acordo foi anunciado no dia seguinte, dia 24. De acordo com Putin, não foi necessário enviar os soldados que enfrentam as tropas ucranianas na guerra para conter a revolta.
"Em uma hora difícil para o país, junto com os companheiros de combate, vocês se deslocaram no caminho da desordem, cujo resultado inevitavelmente seria o caos", disse o presidente às tropas russas.
"Vocês defenderam o sistema constitucional, a vida, a segurança e a liberdade dos nossos cidadãos. Salvaram nossa pátria de convulsões, na verdade, pararam uma guerra civil", acrescentou o mandatário.
Desde o início da rebelião, este é o segundo pronunciamento de Putin. Nesse domingo (25), Putin disse que "está confiante" em realizar todos os seus planos em uma "operação militar especial", após a rebelião do Grupo Wagner. Ele afirmou que sua maior prioridade continua sendo a guerra na Ucrânia.
Ontem, ele também disse que o exército russo iria destruir o motim organizado pelo grupo de milicianos Wagner. "Nenhuma chantagem vai ter resultados. Toda a sociedade russa, todos estávamos unidos pela responsabilidade pelo destino da nossa terra mãe. Desde o começo houve esforços para neutralizar a ameaça do motim armado", comentou Putin.
"Eles queriam que os russos lutassem uns contra os outros, eles sonharam em se vingar pelos próprios fracassos no front, durante a chamada contra-ofensiva, mas eles calcularam mal", acrescentou.
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