Ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, e presidente russo, Vladimir Putin
Gabinete de Imprensa e Informação Presidencial/Kremlin - 24.03.2022
Ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, e presidente russo, Vladimir Putin

O ministro da Defesa russo , Sergei Shoigu, disse nesta sexta-feira que os pedidos da Finlândia e da Suécia para ingressar na Otan (aliança militar liderada pelos EUA) fazem parte de um aumento nas ameaças militares perto das fronteiras ocidentais da Rússia, anunciando que o país criará novas bases militares em sua região Oeste como uma das "contramedidas adequadas" em resposta à expansão da aliança.

“Até o final do ano, 12 unidades e divisões militares serão estabelecidas no Distrito Militar Ocidental", disse Shoigu, acrescentando que o país trabalha para melhorar a força de combate de suas tropas.

O Exército espera receber mais de 2.000 unidades de equipamentos e armas militares, acrescentou Shoigu.

Shoigu também disse que os Estados Unidos intensificaram os voos estratégicos de bombardeiros nos últimos anos, enviaram navios de guerra para o Mar Báltico e intensificaram os exercícios de treinamento na região com seus parceiros da Otan.

“A tensão continua a crescer na zona de responsabilidade do Distrito Militar Ocidental. Estamos tomando as contramedidas adequadas", disse Shoigu.

A Finlândia e a Suécia solicitaram formalmente a adesão à Otan na quarta, mas enfrentam oposição da Turquia — é necessário o apoio de todos os membros da aliança para que um novo seja aceito.


Na segunda, o presidente Vladimir Putin disse, em aparente recuo, que a adesão da Suécia e da Finlândia à Otan não representa uma ameaça para a Rússia, mas alertou que Moscou responderia se a aliança aumentasse a infraestrutura militar nos dois países.

Também nesta sexta, a Finlândia informou que foi notificada pela Gazprom, a gigante de energia russa, que o fornecimento de gás será interrompido neste sábado, um mês após a mesma medida ser adotada contra Polônia e Bulgária, porque os país se negam a pagar pelo gás em rublos, uma exigência de Moscou.

O corte de gás para a Finlândia se seguirá à suspensão no fornecimento de eletricidade, em 14 de maio, algo visto como retaliação ao plano finlandês de entrar na aliança militar liderada pelos EUA.

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*Com informações de agências internacionais

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