Líderes da Otan se reúnem em Bruxelas para debater a crise ucraniana
Reprodução/Ansa - 24.03.2022
Líderes da Otan se reúnem em Bruxelas para debater a crise ucraniana

A Suécia assinou nesta terça-feira (17) seu pedido de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), abandonando seu histórico status de neutralidade militar entre o Ocidente e a Rússia.

"Acabei de assinar uma histórica carta de indicação do governo sueco para o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. Nossa candidatura à Otan está agora oficialmente assinada", disse a ministra das Relações Exteriores do país, Ann Linde.

Segundo a chanceler, a candidatura sueca deve ser enviada junto com a da Finlândia nos próximos dias. "Não sabemos quanto vai durar [o processo de adesão], mas calculamos que pode levar até um ano", acrescentou a ministra.

Na última segunda-feira (16), a premiê da Suécia, Magdalena Andersson, já havia confirmado que pediria a adesão do país à aliança euro-atlântica para "garantir a segurança do povo sueco", seguindo o exemplo da Finlândia.

Os dois países escandinavos são integrantes da União Europeia, mas historicamente se mantiveram neutros entre o Ocidente e a Rússia. No entanto, a invasão à Ucrânia os fez repensar seu status de neutralidade, principalmente a Finlândia, que compartilha 1,3 mil quilômetros de fronteira com o território russo.

A Suécia vinha se mostrando mais reticente, porém a adesão finlandesa a tornaria o único país do Mar Báltico fora da Otan.

Para ingressar na organização, os dois países precisam da aprovação unânime dos Estados-membros, e o único a se opor publicamente é a Turquia, que acusa ambos de dar abrigo a supostos "terroristas" curdos.

No entanto, os outros integrantes da aliança já se mostraram confiantes de que podem convencer Ancara a não vetar Finlândia e Suécia. "Escutei palavras razoáveis da Turquia nos últimos dias, ela está aberta ao diálogo", disse na última segunda-feira o ministro italiano das Relações Exteriores, Luigi Di Maio.

O presidente da Rússia, Vladmir Putin, afirmou que não considera a entrada dos dois países escandinavos na Otan como uma "ameaça", porém alertou que a resposta de Moscou dependerá da presença militar da aliança pelos territórios sueco e finlandês.

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