Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos
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Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos

Dias após defender a vacinação contra a Covid-19 e ser vaiado por apoiadores, o ex-presidente Donald Trump voltou a apoiar a imunização e recebeu o agradecimento da Casa Branca nesta quinta-feira (23).

Em uma entrevista à ativista política conservadora Candace Owens que foi ao ar na quarta-feira (22), o ex-presidente disse que a vacina é "uma das maiores conquistas da humanidade". O republicano respondeu também às insinuações de Owens de que o imunizante não funciona: "as pessoas que estão ficando muito doentes e sendo hospitalizadas são as que não tomaram a vacina", afirmou Trump.

O trecho da entrevista foi compartilhado nesta quinta-feira pela secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki. "Vou apenas ecoar aqui o ex-presidente Donald Trump sobre a segurança e a eficácia das vacinas. Feliz véspera da véspera de Natal. Vá tomar o reforço", comentou Psaki.

— Somos gratos ao ex-presidente por ter tomado sua dose de reforço, e também somos gratos por ele ter deixado claro em entrevista recente que elas funcionam e que são seguras — disse a secretária a repórteres ainda nesta quinta-feira.

Durante a entrevista a Owens, o ex-presidente ainda aproveitou para se promover:

— Eu surgi com três vacinas. Todas são muito boas, muito boas. Eu surgi com três delas em menos de nove meses.

O novo apoio de Trump às vacinas ocorre pouco dias após o ex-presidente ter sido vaiado durante um evento da Fox News, no domingo, no qual ele afirmou ter tomado sua dose de reforço. Ao ser criticado pelo público, Trump disse "não! não! não! não!", respondendo de forma negativa à reação.

Esses episódios de apoio à vacina, no entanto, não são isolados. O ex-presidente defendeu a imunização em pelo menos outras oito ocasiões, segundo o jornal Washington Post. Em uma delas, em agosto, ele chegou a ser vaiado também.

Nos Estados Unidos, apenas 60% dos republicanos se vacinaram, enquanto a taxa sobe para 91% entre os democratas, de acordo com o New York Times. Em todo o país, 61% das pessoas estão totalmente imunizadas, segundo dados do Our World in Data, da Universidade de Oxford, até esta quarta-feira.

Apesar de estar vivendo mais um avanço do vírus, chegando a uma média móvel diária de 164.642 casos na quarta-feira também pelo avanço da Ômicron — na semana passada, a variante foi responsável por 73,2% das novas infecções —, a taxa de mortes não tem seguido a mesma proporção.

Em janeiro, quando foram registrados números semelhantes de casos, os EUA chegaram a ter mais de 3 mil mortes diárias. Nas últimas semanas, no entanto, não chegou a 1.700.

Esta semana três diferentes equipes de cientistas, examinando pessoas da África do Sul — onde a Ômicron foi identificada pela primeira vez —, Escócia e Inglaterra, descobriram que as infeções pela nova variante são frequentemente mais suaves do que por outras descobertas anteriormente.

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