Michael Ryan, diretor do programa de emergências da Organização Mundial de Saúde
Reprodução/OMS
Michael Ryan, diretor do programa de emergências da Organização Mundial de Saúde

O diretor do programa de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Michael Ryan, declarou que a América do Sul se tornou o novo epicentro da pandemia de Covid-19. 

"De certa forma, a América do Sul se tornou um novo epicentro para a doença, vimos muitos países sul-americanos com aumento do número de casos, e claramente há preocupação em muitos desses países, mas certamente o mais afetado é o Brasil neste momento", declarou Ryan.

O Peru é o segundo país com o maior número de infecções por Covid-19 na América Latina depois do Brasil, enquanto em quantidade de óbitos é o terceiro, superado pelo Brasil e pelo México.

Covid-19 já mata mais que diabetes, câncer de mama e AVC por dia no Brasil

Você viu?

Ryan reforçou, também, que a organização não recomenda o uso da cloroquina ou da hidroxicloroquina para tratar a doença, que já matou mais de 20 mil pessoas no Brasil. 

"Nós também notamos que o governo do Brasil aprovou a hidroxicloroquina para uso mais amplo, mas ressaltamos que nossas revisões clínicas sistemáticas atuais realizadas pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a evidência clínica atual não apoia o uso generalizado de hidroxicloroquina para o tratamento da Covid-19 – não até que ensaios [clínicos] sejam concluídos e nós tenhamos resultados claros", destacou Ryan.

Novo estudo mostra que hidroxicloroquina aumenta risco de morte e de arritmia

Durante uma coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (22), a entidade foi questionada se estava oferecendo algum tipo de assistência direta ao Brasil, que registrou recorde de mortes diárias na quinta-feira (21), com 1.188 óbitos em 24 horas, segundo balanço do Ministério da Saúde. 

"Em termos de resposta, nossos colegas na Opas [braço da OMS nas Américas] estão fornecendo ajuda direta ao governo, a muitos dos estados que estão sendo duramente afetados, incluindo o Amazonas", afirmou Ryan.

"A maioria dos casos é da região de São Paulo, mas também Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Pernambuco estão sendo afetados. Mas em termos de taxas de ataque, as mais altas estão, na verdade, no Amazonas: cerca de 490 pessoas infectadas para cada 100 mil habitantes, que é uma taxa de ataque bem alta", acrescentou o representante da OMS.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!