Isadora Calheiros Gomes Pedrosa, de 25 anos, morreu com um disparo de pistola da Polícia Civil
Divulgação/Instagram
Isadora Calheiros Gomes Pedrosa, de 25 anos, morreu com um disparo de pistola da Polícia Civil

A policial civil Carla Patrícia Novaes da Silva de Melo, suspeita da morte da universitária Isadora Calheiros Gomes Pedrosa, de 25 anos, usou uma pistola da corporação, que estava acautelada com a agente, para fazer o disparo que tirou a vida estudante e secretária de uma autoescola, na última sexta-feira, em Queimados, na Baixada Fluminense.

Carla prestou depoimento, nesta segunda-feira, na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), e admitiu ser a autora do tiro que atingiu a cabeça da vítima. A arma do crime e a carteira funcional da suspeita já estão com Polícia Civil. Como se apresentou espontaneamente, ela não foi autuada em flagrante e continua em liberdade.

Além do inquérito policial, a agente também vai responder a uma sindicância instaurada pela Corregedoria da Polícia Civil. O crime teria ocorrido após um desentendimento entre as duas mulheres, em frente à residência da policial. A polícia investiga a informação de que a vítima mantinha um relacionamento com o marido da policial. Esta última chegou a romper a relação, mas teria reatado recentemente. Na DHBF, segundo o portal de noticias G1, Carla teria relatado em seu depoimento uma suposta traição do marido e uma troca de mensagens envolvendo o homem e a vítima.

Apesar disto, Igor Carvalho, advogado da agente, negou que a morte tenha relação com uma suposta crise de ciúmes de sua cliente.

"Na verdade, ela (Carla) já havia se separado há bastante tempo. Não houve qualquer situação de ciúmes. A vítima foi na casa da minha cliente e houve agressões e infelizmente houve um único disparo. Mas, foi a própria policial quem socorreu a menina junto com familiares. Ela não queria matar ninguém, infelizmente isso aconteceu", disse o advogado.

Mãe de uma criança de seis meses, Carla estaria amamento. Segundo Igor Carvalho, além de socorrer a vítima, ela se apresentou espontaneamente e por isso não foi autuada em flagrante, como prevê a lei. Também mãe de uma criança, portadora de necessidades especiais, Isadora Calheiros trabalhava em uma autoescola, e estudava em uma universidade, onde fazia o curso de direito.

Após ser baleada, Isadora Calheiros morreu na Unidade de Pronto Atendimento de Queimados. Em seu perfil em uma rede social, a universitária fazia postagens sobre a filha, que requer cuidados especiais, sobre o trabalho , e sobre o amor pelos seus cachorros. Também há fotos como uma caneca de estudante de direito.

Parentes e amigos de Isadora postaram a hashtag "#JustiçaporIsadora" em uma rede social. "Isadora foi cruelmente assassinada com um tiro na cabeça a luz do dia por uma policial civil por motivos de ciúmes", diz o texto da publicação. Amigos da jovem também usaram as redes sociais para lamentar o assassinato. "Hoje a princesa Isadora descansa nos braços do Pai", escreveu uma amiga. "Ela não imaginava que teria um fim tão trágico", escreveu outra. Outro amigo preferiu tentar confortar os parentes da universitária. "Que Deus conforte a família", esceveu o internauta.

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