Sessão Deliberativa Extraordinária. Dep. Eliane de Souza Alves Machado
Reprodução/Antônio Augusto/Antônio Augusto/Câmara dos Deputados
Sessão Deliberativa Extraordinária. Dep. Eliane de Souza Alves Machado

Filiada ao Republicanos, Ely Santos assumiu vaga na  Câmara dos Deputados, sendo réu em processo por lavagem de dinheiro e ligação com tráfico de drogas, segundo informação publicada pela Folha de S.Paulo. A deputada era suplente do deputado Roberto Alves, que é pastor da Universal. De acordo com o jornal, Ely tem dois CPF’s.

Ainda segundo o jornal, a nova deputada é acusada de ter ligação com organização criminosa que atua principalmente em presídios de São Paulo. As acusações de Ely se estendem também a seu irmão, Ney Santos, prefeito de Embu das Artes (SP), que atualmente está inelegível por receber em campanha dinheiro de origem ilegal.

Ely foi presa preventivamente por dois meses entre 2016 e 2017, período no qual o Ministério Público de São Paulo apresentou a denúncia de organização criminosa tendo como principal alvo o irmão. Durante a operação, Ney Santos ficou foragido e não compareceu à cerimônia de posse na prefeitura. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu habeas corpus ao prefeito. O inquérito ainda não foi concluído e tem Ney Santos como principal alvo. A nova deputada, Ely Santos, não é alvo nesse inquérito.

Ney esteve presente na posse da irmã e aproveitou a oportunidade para divulgar compromissos em Brasília e articulou a liberação de recursos para Embu das Artes. Durante sua primeira sessão como deputada titular, Ely votou com o governo Bolsonaro. O partido Republicanos é ligado à Igreja Universal e aliado do governo de Jair Bolsonaro. O vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, é filiado ao partido.

Ely já foi secretária municipal do Desenvolvimento Social e informou à Justiça Eleitoral que sua profissão é empresária. A deputada possui dois números ativos de CPF. O Ministério Público declarou que esse cadastro duplicado foi usado para confundir autoridades em relação à abertura de empresas.


A denúncia afirma que a parlamentar participava de negócios usados por Ney para lavar dinheiro do tráfico e o liga a uma facção criminosa. A acusação também diz que Ely teve função de laranja para contornar bloqueios judiciais de bens do político. Entretanto, o processo teve pouca movimentação desde que foi aberto em 2016.

A defesa da deputada federal Ely Santos e do prefeito Ney Santos afirmou que irá comprovar a inocência dos dois no andamento da ação penal e que "não há qualquer elemento" que os ligue ao Primeiro Comando da Capital. Os advogados alegam que a deputada é "pessoa íntegra, com o passado ilibado e que muito engrandecerá o Legislativo" e que a prisão preventiva dela foi revogada porque o Supremo reconheceu que faltavam elementos.

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